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O Nubank conseguiu o primeiro lucro da sua história, reportando R$ 76 milhões positivos na última linha entre janeiro e junho deste ano. O número azul representa uma reversão ante um saldo negativo de R$ 95 milhões na 1ª metade de 2020. Desde dezembro do ano passado, o neobank ganhou mais de 8 milhões de novos clientes, encerrando o 1º semestre com 41 milhões de contas apenas no Brasil – um aumento de 25% na comparação com o mesmo período do ano passado e o equivalente a 40 mil novos clientes por dia.

Os dados foram divulgados em comunicado no blog oficial da companhia. O material assinado pelo diretor financeiro da companhia, Guilherme Lago, traz alguns dados pinçados pela empresa. A expectativa agora é pela publicação do balanço completo que trará mais luz sobre a origem do lucro.

Uma pista é o seguinte comentário: “Os números apresentados se referem somente às nossas operações no Brasil, concentradas na Nu Pagamentos S.A. – Instituição de Pagamento e nas suas subsidiárias. Esses números não incluem as operações do nosso controlador indireto final, a Nu Holdings Ltd., tampouco as operações das suas subsidiárias fora do Brasil, como as no México e na Colômbia”. Ou seja: tirando tudo que dá custo e ainda não tem receita relevante. A gente teve lucro. 

A notícia chega no momento em que a companhia se prepara para abrir o capital nos EUA, com a expectativa de levantar entre US$ 3 bilhões e US$ 5 bilhões (mais de R$ 25 bilhões na cotação atual), valendo entre US$ 70 bilhões e US$ 100 bilhões – nossa aposta aqui é que o número deve ficar entre US$ 60 bilhões e US$ 70 billhões.

Se conseguir isso, o Nubank vai estrear no mercado de capitais valendo mais que os US$ 55,4 bilhões do Itaú Unibanco, atualmente o maior banco da América Latina.

A oferta de ações será liderada pela empresa global de serviços financeiros Morgan Stanley, ao lado dos bancos Goldman Sachs e Citi. Esse pode ser o maior IPO dos últimos anos, especialmente no mercado de serviços financeiros. Afinal, a operação nacional do banco Santander, um dos maiores bancos do Brasil e concorrente direto do Nubank, levantou R$ 14 bilhões no IPO em 2009. Já a PagSeguro, que em 2018 fez a maior listagem de uma empresa brasileira na bolsa norte-americana, movimentou US$ 2,6 bilhões – um valor significativo, mas bem abaixo do esperado para o Nubank.

Além de reverter o prejuízo, o banco digital afirmou, em nota, que o chamado volume de compras no Brasil – o volume total de pagamentos – dobrou. “Foram R$ 92 bilhões movimentados neste primeiro semestre de 2021, um aumento de 105% em relação ao mesmo período do ano passado”, diz o comunicado.

O balanço também revela que as receitas de intermediação financeira do banco atingiram cerca de R$ 4 bilhões de janeiro a junho. “De forma simplificada, esse é todo o dinheiro que entrou na empresa a partir das nossas atividades principais no país”, diz o Nubank. Isso representa um avanço de 91% em relação ao mesmo período de 2020.

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