Negócios

B3 lança fundo de R$ 600 milhões para impulsionar startups

Fundo da B3 fomentará disrupções dentro do core business na B3 e também em áreas de impacto econômico para os próximos anos

Foto da fachada da bolsa de valores B3 - Startups
Crédito: divulgação

A B3 vai colocar R$ 600 milhões na mesa para impulsionar negócios de inovação nos próximos 5 anos. Esse é o plano da empresa ao lançar o L4 Venture Builder, fundo que ficará de olho em disrupções dentro de seu core business e também em áreas de impacto econômico para os próximos anos.

O fundo será liderado por Pedro Meduna, executivo que fundou a startup Tripda (uma espécie de concorrente do BlaBlaCar), teve passagem no Cabify e participou do Projeto Juntos Somos Mais, iniciativa no varejo de material de construção criada por Votorantim, Gerdau e Tigre.

Segundo destacou a B3 em nota, o fundo selecionará projetos em áreas com alto potencial de crescimento, como energia, carbono, finanças descentralizadas, tokenização de ativos, soluções para fintechs, neobanks, crowdfunding, pagamentos e outras. O L4 se soma ao portfólio de Novos Negócios que está em construção na empresa – atualmente a área já possui uma iniciativa de Digital Assets e de Desenvolvimento de Produtos e Serviços para Middle e Backoffice.

O fundo terá um prazo de investimento de 5 anos, sem um tíquete mínimo ou quantidade de empresas definidas. Também não é plano da B3 fazer investimentos grandiosos (acima de 20% do fundo), e mesmo no caso de aquisições majoritárias, o objetivo é dar destaque aos fundadores.

Instituições financeiras de olho nas startups

Apesar de não ser um banco, com o anúncio do fundo a B3 entra no time de grandes (e tradicionais) instituições financeiras nacionais que estão criando seus fundos de investimentos em startups.

Locaweb e Totvs, que são tradcionais compradoras de startups, anunicaram no final do ano passado seus CVCs. No mês passado o Itaú deu uma grande cartada, contratando Anderson Thees e Manoel Lemos, sócios e cofundadores da gestora Redpoint eventures, e a criação de um venture debt, com mais de R$ 300 milhões em crédito para startups.

O outro cofundador da Redpoint, Romero Rodrigues, se aproximou da XP. A instituição financeira entrou de vez no mercado de venture capital com o investimento em um fundo próprio, com uma sociedade fechada com a Headline (ex-e.ventures), comandado por Romero.