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A BHub, startup especializada em serviços de backoffice-as-a-service para pequenas e médias empresas, acabou de reforçar o seu caixa com uma rodada de R$ 74 milhões, liderada pelo IFC, divisão de investimentos pertencente ao Banco Mundial.

Na rodada, a primeira da companhia desde a série A de R$ 156 milhões iniciada no fim de 2021 (com uma extensão menos de um ano depois), também entraram investidores antigos, como a monashees e Valor Capital, e novos acionistas como a Latitud.

Conforme destacou a companhia em comunicado, a nova injeção de capital servirá para o desenvolvimento de novas tecnologias, produtos e qualificação do staff, incluindo a contratação de profissionais especializados em inteligência artificial. Segundo a companhia, o foco é se consolidar como um líder no mercado de back-office oferecendo serviços contábeis, fiscais e financeiros baseados em IA.

De acordo com o cofundador e CEO Jorge Vargas Neto, a nova rodada ajudará na continuidade do plano de expansão da companhia, que atualmente atende mais de 4 mil clientes. “Nós crescemos 400% desde o começo de 2024, e esperamos aumentar nosso portfólio de clientes em 300% em 2025”, destaca Jorge, em nota.

Com a rodada liderada pelo IFC (e a Latitud entrando também no captable), a BHub chega a cerca de R$ 250 milhões em aportes captados, contando com fundos como monashees, Valor Capital, QED, Picus Capital, Clocktower, Addition, assim como investidores executivos de empresas como iFood, Rappi, Olist e VTEX.

“Receber um investimento do IFC é um selo de aprovação significativo, atestando o impacto social que a Bhub traz para o ecossistema empreendedor brasileiro”, completa Jorge.

Fundada em junho de 2021 por Jorge, Fernando Ricco, Vanessa Muglia e Marcelio Leal, a BHub oferece planos de gestão por assinatura mensal que incluem serviços como gestão de contas a pagar e receber, folha de pagamentos, contabilidade, departamento financeiro e jurídico.

“Como um dos poucos investidores institucionais internacionais que operam no Brasil, o IFC é um um parceiro estratégico de crescimento. O projeto ajudará as PMEs, que representam a maioria das empresas no Brasil, a ter acesso a software de contabilidade e gestão tributária de qualidade e a se tornarem mais produtivas e eficientes. Também ajudará a fortalecer a competitividade do mercado de serviços contábeis no Brasil, impulsionando a digitalização e induzindo a expansão do mercado”, afirma Manuel Reyes-Retana, Diretor Regional do IFC para a América do Sul.

Muitos planos

No começo do ano, a BHub já tinha anunciado que tinha começado seus planos de incluir IA nas suas soluções – o Fin ChatGPT, um assistente virtual disponível 24×7 que responde perguntas como “qual foi minha receita nos últimos três meses”, por exemplo. “O piloto está disponível a 5% da nossa base, os ‘heavy users’. Esperamos fazer o ‘roll out’ em breve”, disse Jorge, em fevereiro, para a reportagem do Startups.

Além disso, o executivo apontou outros caminhos para a companhia, como produtos de benefícios e seguros aos departamentos de recursos humanos das empresas, até uma gama de novos serviços financeiros.

Na época, o CEO afirmou que, dos R$ 180 milhões em aportes recebidos de investidores até então, apenas R$ 70 milhões foram aplicados, o que dava um runway de 36 meses para o negócio. “Ainda temos mais de R$ 110 milhões para investimentos. Ou seja, temos um burn multiple menor que dois, o que nos coloca no mesmo nível dos melhores SaaS do mundo”, afirmou ele na ocasião.

A reportagem do Startups contatou Jorge Vargas Neto para entender melhor como a nova rodada se encaixa no cenário e nos planos divulgados pela companhia no começo do ano. “Nós captamos só porque foi do IFC, basicamente. Estamos com uma posição super confortável de funding”, destacou o executivo.

Quanto à parte de novos produtos, Jorge reforçou o foco da companhia em seu portfólio base de serviços para o back-office, agora “powered by AI”. “Isso aí é só num futuro bem distante. Foco é crescer no core!”, finaliza o CEO.

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