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O BTG Pactual inicia a semana com mais uma aquisição, e das grandes. Em fato relevante, a empresa anunciou a compra de 100% da holding Universa. Sob seu guarda-chuva estão a Empiricus (com 425 mil assinantes de relatórios), a gestora Vitreo (com mais de R$ 11 bilhões sob custódia), os sites Money Times e Seu Dinheiro, e o Real Valor, app que monitora investimentos.

Assim que concluída a operação – que depende de aprovação do Banco Central – o BTG pagará R$ 440 milhões à vista e R$ 250 milhões em ações. O restante será pago em até quatro anos, conforme o cumprimento de metas operacionais e financeiras. Normalmente, o que tem se feito no mercado é uma “entrada” de 40% e o pagamento do valor restante no formato de earn out. Por essa conta, o valor total do negócio pode passar de R$ 2 bilhões. A ação do BTG opera em alta de 2% hoje, o que já aumentou um pouco o valor da parte em ações, do negócio, para se ter uma ideia.

A compra foi antecipada no dia 19 de maio pelo NeoFeed e, ao longo da última semana BTG e Universa vinham apenas negociando as questões contratuais para fazer o anúncio oficial.

Segundo o banco, o negócio permitirá à empresa ampliar sua presença no varejo de investimentos. Já para a Universa, essa será a oportunidade de aumentar sua atuação junto ao investidor pessoa física, mantendo a independência editorial e de criação de produtos.

Felipe Miranda, Caio Mesquita e Rodolfo Amstalden, sócios-fundadores da Empiricus, e George Wachsmann, diretor de TI da Vitreo, seguirão no comando da operação e passam também a integrar o quadro societário do BTG Pactual quando a operação for concluída. Isso depende ainda das aprovações regulatórias necessárias, inclusive do Banco Central.

Máquina desenfreada

Maio foi movimentado para o BTG em sua estratégia de expansão. No início do mês, o banco de investimentos, que já vale mais de R$ 100 bilhões, anunciou a compra de 100% da Fator Corretora. Antes, também tinha comprado o aplicativo de consolidação de investimentos Kinvo, que tinha como garoto propaganda, e investidor, Thiago Nigro, o Primo Rico, que é ligado à XP. O BTG, aliás, tem atacado diretamente a base de clientes de seu arqui rival trazendo para debaixo dele escritórios de agentes autônomos como Acqua-Vero e EQI. Ontem à noite a XP anunciou que vai ajudar a Messem a se tornar uma corretora, se tornando sócio da operação com 49% do capital.

Na semana passada o BTG informou que avalia fazer mais um follow-on, o seu 3º em menos de 1 ano. Nas duas ofertas anteriores, o BTG levantou mais de R$ 5 bilhões.

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