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A CAF, startup especializada em soluções de identidade digital e considerada uma das rivais da unico no mercado brasileiro, está investindo pesado no seu corpo de executivos. Novamente, a companhia está trazendo profissionais de experiência internacional para reforçar seu time. Corey Levin vai ocupar o cargo de diretor jurídico e Simonne LeBlanc, ex-Thomson Reuters, será a nova diretora de recursos humanos.

As contratações entram em linha com o atual plano de expansão da empresa, que recebeu um aporte de R$ 80 milhões em julho e não apenas pretende aumentar seu poder de fogo no cenário brasileiro, mas também tem planos de reforçar sua presença global. Na liderança do RH, Simonne LeBlanc se mostrou empolgada com o desafio.

“Acredito que as pessoas são o maior patrimônio de uma empresa e tenho uma paixão por construir times globais de alta performance, investindo neles. Estou ansiosa para colaborar com a equipe e estabelecer uma cultura de performance que facilite oportunidades de crescimento para nossos colaboradores enquanto entregamos um produto de classe mundial e experiência para nossos clientes”, destacou Simonne.

Simone LeBlanc, diretora de RH da CAF
Simonne LeBlanc, diretora de RH da CAF (Foto: Divulgação)

Os dois executivos chegam à CAF já conhecendo o CEO Darryl Green devido às suas passagens na Ethoca, empresa de combate a fraudes digitais adquirida pela Mastercard. “Estou entusiasmado com a oportunidade de trabalhar com eles novamente, pois eles trazem as habilidades necessárias para este momento da CAF e rapidamente se tornaram jogadores-chave no nosso processo de expansão internacional”, afirmou o CEO em nota.

O anúncio chega pouco mais de um mês depois da contratação de Jason Howard, também ex-Ethoca, para ser o diretor de receitas da startups, supervisionando  todos os aspectos do go-to-market global e de vendas da empresa.

Gaúcha, mas global

A CAF foi fundada em 2019 no pacato município de Venâncio Aires, interior do Rio Grande do Sul, pelo empresário Leonardo Rebitte, criando soluções de validação de identidade e onboarding digital, verificando a autenticidade de documentos e usa reconhecimento facial para garantir a legitimidade das pessoas. A proposta atraiu grandes bancos, fintechs e varejistas brasileiros como Magalu, iFood, Cora, Asaas, Mutual e N26.

Contudo, à medida que a companhia foi ganhando espaço no terreno das idtechs – onde o unicórnio unico ainda é o destaque – chamou a atenção de investidores. O cheque de R$ 80 milhões recebido pela startup foi assinado pelos canadenses Darryl Green, André Edelbrock e Trevor Clarke, que cofundaram a Ethoca em 2005. Pelo aporte e a expertise dos executivos, o fundador da CAF convidou Darryl para assumir a presidência da idtech (e, indiretamente, abriu mais portas para a contratação de Jason).

A companhia diz em seu site ter realizado mais de 26 milhões transações e evitado R$ 877 milhões em perdas com fraudes desde sua fundação. A empresa cresceu 10 vezes em receita e 5 vezes em número de funcionários em 2021. Em meio à onda de demissões, a IDTech quer contratar 100 pessoas até o fim do ano, chegando a mais de 350 colaboradores.

Apesar da internacionalização da CAF ser um anúncio recente, a companhia já possuía escritórios fora do país. Atualmente, a startup tem postos em São Paulo, Rio de Janeiro, Londres, Toronto e Austin, além do QG em Venâncio Aires.

Se no Brasil a CAF rivaliza com a unico e seus R$ 625 milhões em aportes levantados com pesos-pesados como SoftBank e General Atlantic, lá fora a lista também é extensa. Na gringa, a CAF disputa com nomes como OCR Labs (Reino Unido), que ajuda empresas a verificar a identidade de seus usuários com reconhecimento facial e levantou US$ 30 milhões em fevereiro, Vida (Indonésia), Socure (Estados Unidos), avaliada em US$ 4,5 bilhões, e Incode (México), que vale US$ 1,25 bilhão.

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