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Na última semana, o surfista (e multicampeão) brasileiro Gabriel Medina lançou a Kauai Ventures, fundo idealizado por Medina com a Carpa Family Office (do empresário Felipe Stanford) e o investidor Ricardo Laureano Siqueira. Anunciado como o 1º celebrity fund brasileiro, o fundo tem o plano de fomentar a inovação na Web3 ao investir em projetos voltados para green e blue economy, wellness e social & gaming.

Apesar de não abrir valores sobre volume de investimentos e estágios dos negócios que pretende aportar, a empresa destacou em comunicado que contará com capital próprio para aportar em startups que envolvam blockchain, NFT, metaverso, criptomoedas, dentre outras inovações.

O anúncio da Kauai Ventures traz para o cenário nacional de venture capital uma tendência que já é forte no mercado norte-americano: o dos fundos que contam com personalidades famosas para somar – dinheiro ou exposição – às suas carteiras de investimentos.

Segundo analistas, assim como mais celebridades vêm enxergando no VC formas de ganhar dinheiro, as startups também estão apostando neste caminho quando se trata de ganhar exposição. Segundo destacam especialistas de mercado, algumas marcas (especialmente a com produtos B2C) já estão deliberadamente buscando os chamados “celebrity rounds” quando querem escalar a sua presença no mercado. Algumas startups também buscam usar esse relacionamento no seu employer branding. Se um candidato ou candidata a uma vaga está em dúvida sobre aceitar uma porposta, basta pedir ao sócio ou à sócia famosa para mandar um vídeo para ajudar no convencimento.

Na América Latina, alguns nomes conhecidos já andaram se aventurando em rodadas de investimentos por aqui. O multicampeão da F1 Lewis Hamilton, juntamente com o tenista (e também campeão) Roger Federer, entraram junto com a Tiger Global na rodada que colocou US$ 235 milhões na foodtech chilena NotCo.

Um dos casos mais recentes é o da dupla de música eletrônica The Chainsmokers, que participou, em fevereiro, da rodada seed de US$ 4,3 milhões da fintech brasileira Trace Finance.

Para você saber mais sobre este cenário que combina fama e investimentos, resolvemos listar algumas celebridades que estão envolvidos com fundos, inclusive com negócios aqui no Brasil.

Conheça algumas celebridades investidoras

Ashton Kutcher – Esse aqui é um dos mais conhecidos – tanto que chegou a participar como investidor convidado em episódios do reality show Shark Tank. Envolvido com o mercado de venture capital desde 2010, o ator e empresário vem investindo em startups através da A-Grade, gestora confundada por ele com o bilionário Ron Burkle e o produtor musical Guy Oseary. Entre as empresas que Kutcher colocou seus dólares – e faturou dinheiro – estão Spotify, Uber, Nest e Airbnb.

Kevin Durant – Campeão e um dos maiores salários da NBA, o ala-pivô também adicionou mais zeros à sua conta bancária fundando a Thirty Five Ventures com o empresário Rich Kleiman. Com aproximadamente trinta empresas investidas, a empresa do jogador já aportou na fintech Acorns e na foodtech Pielogy.

Snoop Dogg – Porta-voz em favor da maconha em suas músicas, o rapper também faz isso à frente de uma empresa de venture capital. Fundada em 2015, a gestora Casa Verde Capital cresceu junto com a indústria da cannabis na América do Norte, investindo em empresas B2C como o serviço de entregas Eaze e o marketplace Leaflink.

Serena Williams – Considerada por muitos a maior tenista de todos os tempos, Serena Williams tem desde 2014 a gestora Serena Ventures, cujo foco é investir em negócios liderados por negros e mulheres. Este ano Serena anunciou o primeiro fundo de investimentos próprio, que captou US$ 111 milhões. O primeiro aporte foi para a startup canadense Calico, criada pela empreendedora Kathleen Chan e que desenvolveu uma solução de AI para resolver problemas da cadeia de suprimentos no segmento da moda.

Leonardo DiCaprio – Ator e ativista, DiCaprio é outro nome mais conhecido por seu trabalho no universo de startups, porém com um outro viés: como conselheiro de gestoras como a Obvious Ventures e Bluon Energy, ele atua principalmente junto à startups de impacto ambiental. No seu portfólio de investimentos estão empresas como a fintech ecológica Aspiration e a foodtech Runa. Recentemente ele também entrou para o quadro de conselheiros de um fundo da Princeville Capital voltado a climatechs. O ator também investiu em uma startup latina: a argentina Waterplan. que atua com soluções de sustentabilidade hídrica.

Bono – Nos contratos assinando como Paul Hewson, o frontman do U2 é outro que entrou para o universo de venture capital com o propósito de ajudar o planeta. Ele participou de uma empresa de private equity chamada Elevation Partner, que investiu e adquiriu empresas de mídia e entretenimento. No entanto, depois que outra empresa adquiriu a Elevation, Bono cofundou o The Rise Fund, que visa ajudar uma nova geração de empreendedores que acreditam que “eles também” podem oferecer soluções positivas e sustentáveis.

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