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Não é novidade para ninguém eu falar que 2022 foi um ano difícil para o ecossistema de startups. Não só tivemos que lidar com as incertezas já trazidas pela pandemia, mas também com inflação, juros altos, guerras, e até ameaça nuclear. O resultado dessa história você provavelmente já sabe: bolsas derreteram, times foram cortados, investidores ficaram mais criteriosos, o volume de aportes caiu e as torneiras de dinheiro farto se fecharam.

Para o ano que vem, a opinião de especialistas do mercado é que o cenário ainda seja desafiador, pelo menos nos primeiros meses do ano. Quando a coisa aperta, cabe à liderança das empresas se reorganizar e encontrar alternativas para gerenciar as dificuldades. A figura do CEO, que já era peça-chave nas organizações, ganha ainda mais responsabilidade para manter o crescimento sustentável, engajar o time e enfrentar o que ainda pode vir pela frente.

Abaixo, 6 CEOs de startups brasileiras revelam quais foram os maiores desafios enfrentados em 2022 e compartilham seus aprendizados para 2023. Veja, a seguir, o que eles contam:

André Farber, CEO da Dafiti

André Farber, CEO da Dafiti
André Farber, CEO da Dafiti (Foto: Canva)

“Foi um ano muito desafiador. Ao mesmo tempo que as coisas começaram a voltar ao normal após dois anos de pandemia, tivemos muitos eventos importantes como as eleições e a Copa do Mundo. Tudo isso impacta diretamente na economia e no poder de compra das pessoas. Na Dafiti, esses desafios, por mais que significativos, deram espaço para a criatividade e novas ideias para seguir com o objetivo de democratizar a moda e tornar a experiência de compra muito mais leve e divertida. Criamos formas e mecanismos que garantem o relacionamento estreito com o consumidor e oferecemos a melhor experiência como e-commerce. Uma dor de mercado que identificamos é a garantia de oferecer produtos originais, tendo em nosso portfólio marcas exclusivas e com entrega diferenciada, o que colabora para a fidelização do cliente e melhora cada vez mais o nosso relacionamento entre marca e consumidor.

Em busca de reforçar ainda mais nossos três pilares – moda, tecnologia e sustentabilidade – estreamos no mercado de NFTs e lançamos seis tokens exclusivos com a renda revertida ao Instituto Limpa Brasil, ONG especializada em ações de limpeza e de descarte adequado de resíduos. Essa foi uma das formas que encontramos de continuar inovando e estar por dentro das novidades do mercado. E claro, garantir que a Dafiti esteja inserida nas principais tendências de tecnologia, além de manter nossa liderança como maior fashiontech da América Latina.”

Mônica Hauck, CEO da Sólides

Mônica Hauck, CEO da Sólides
Mônica Hauck, CEO da Sólides (Foto: Divulgação)

“Em 2022, o principal foco da Sólides foi manter o crescimento sustentável, oferecendo tudo que as empresas precisam para a gestão de pessoas. Com o aporte da Warburg Pincus e o M&A da Tangerino, nos mantivemos como a empresa líder do setor e chegamos à marca de 24 mil clientes. Para 2023, nosso trabalho será melhorar não apenas a jornada dos funcionários, atuando em toda a parte de valorização dos colaboradores, mas sempre pensar também na lucratividade das empresas. Continuamos oferecendo tecnologia acessível e de qualidade, porque uma gestão de pessoas eficiente e completa será um grande diferencial para o mercado no próximo ano. A empresa continua focada em entregar a Jornada do Colaborador completa, com tudo que o RH e o DP precisam em um só lugar, contando ainda com novas experiências.”

Bia Santos, CEO da Barkus

Bia Santos, CEO da Barkus
Bia Santos, CEO da Barkus (Foto: Divulgação)

“Foi bastante desafiador, parece que vivemos três anos em um. Com as mudanças do mercado de educação por conta da pandemia, as certezas viraram dúvidas. Triplicamos o time da Barkus e e fizemos nossa primeira captação, o que nos ajudou a investir em tecnologia e contratar novos desenvolvedores mesmo com as dificuldades da área. Também melhoramos a estrutura financeira, jurídica e de compliance da empresa, que são grandes desafios para as startups. Mesmo com tudo isso, alcançamos a marca de 100 mil usuários que já passaram pela nossa solução, o que nos deixou bastante animados com as perspectivas do próximo ano.”

Cristiane Giordano, CEO da Funcional Health Tech

Cristiane Giordano, CEO da Funcional Health Tech
Cristiane Giordano, CEO da Funcional Health Tech (Foto: Divulgação)

“Tivemos dois principais desafios. Primeiro, como continuar com o foco no cliente final, entendendo as necessidades individuais de cada um ao mesmo tempo que consolidamos isso no nosso negócio e oferecemos produtos escaláveis. Além de, claro, manter a cultura de uma empresa viva, sustentando o engajamento das pessoas que interagem conosco e mostrando a Funcional em um cenário novo no mercado. Como aprendizados, ressaltamos a importância dos dados para alavancar negócios. A tomada de decisões em todas as empresas precisa ser baseada em dados. Cada vez mais, nós ajudamos os nossos parceiros com informações de qualidade e insights para que estratégias sejam bem desenhadas.”

Francisco Pereira, CEO da Trademaster

Francisco Pereira, da Trademaster
Francisco Pereira, CEO da Trademaster (Foto: Thiago Carvalho/Divulgação)

“No caso da Trademaster, os principais desafios de 2022 foram o de aprender a trabalhar com o modelo híbrido e a capacidade de adaptação da operação, principalmente após a reabertura física se consolidar depois do período mais severo da pandemia. Para este novo momento, desenhamos um escritório funcional, fizemos novas contratações estratégicas e mudamos o posicionamento da cultura da empresa. Além disso, foi um ano de adaptação dos modelos de concessão de limites e compreensão do mercado, o que gerou grandes aprendizados que seguirão em 2023, como a capacidade de flexibilidade e adaptação do nosso modelo de crédito e time. Isto vai gerar a necessidade de manter as equipes mais engajadas, especialmente em um ano em que o crescimento econômico ainda é incerto.”

Manoela Mitchell, CEO da Pipo Saúde

Manoela Mitchell, CEO da Pipo Saúde
Manoela Mitchell, CEO da Pipo Saúde (Foto: Tiago Queiroz/Divulgação)

“2022 foi um ano de grande mudança no clima macroeconômico, o que fez com que as rotas do negócio precisassem ser ajustadas para a nova realidade. Isso acabou sendo uma grande oportunidade para olhar menos para fora (investidores, economia, etc) e olhar mais para dentro da própria empresa, focando em melhorar o nosso produto e para a experiência que entregamos aos clientes e membros. Em alguns momentos ficamos bastante ansiosos com os desafios. Mas hoje, olhando para trás, percebo que foi um ano de muitas conquistas e de muitos momentos para nos orgulharmos em relação à Pipo. Estamos animados, porque estamos muito maiores e melhores que em 2021 e ainda mais otimistas com o ano que em breve começa.”

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