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A aquisição de clientes continua sendo um fator importante para as fintechs, mas os neobanks também precisam considerar a Receita Média Mensal por Cliente Ativo – ARPAC – como um indicador de sucesso. A informação é do novo relatório “Emerging fintech”, lançado hoje pela empresa de serviços financeiros UBS. O levantamento compara os 3 principais neobanks emergentes – Nubank (Brasil), Tinkoff (Rússia) e Capitec (África do Sul).

O Nubank é o mais novo deles, mas, segundo o UBS, está em uma trajetória de crescimento muito mais acelerada, já tendo atingido 48 milhões de clientes, sendo 35 milhões ativos (73%). O volume é semelhante ao do TCS, holding que controla o Tinkoff, no qual os clientes ativos são 70% do total, mas superior ao TymeBank (64%) e Inter (57%).

“Atualmente, o Nubank tem a vantagem de não ser um banco registrado e, portanto, poder operar em uma engrenagem mais alta, já que sua densidade de risco é relativamente baixa, em 27% nos empréstimos, enquanto a da Capitec é de 104% e da TCS (holding que controla o Tinkoff) é de 205%”, diz o relatório.

A pesquisa revela que o Nubank é o neobank com a maior aquisição e base de clientes. A projeção é que a base de clientes ativos da companhia aumente de 35 milhões no 3º trimestre de 2021 para 77 milhões em 2026, com a maioria dos clientes no Brasil e cerca de 20% do México e Colômbia. A TCS deve expandir sua base ativa de clientes de 12,8 milhões para 28 milhões em 2025.

“A monetização do Nubank é relativamente modesta”, afirma o UBS. Isso porque a companhia tem um Arpac (Receita Média Mensal por Cliente Ativo) líquido de US$ 3,40 por cliente. No caso do Tinkoff e Capitec, os valore são de US$ 19,6 e US$ 9, respectivamente. O UBS estima que o Nubank aumente seu Arpac em cerca de 4 vezes até 2026. 

A Kaspi (US$ 17), do Cazaquistão, e Moneta (US$ 27), da República Checa, são outros modelos que mostram uma monetização significativa. “Estimamos o Arpac líquido do PagBank em US$ 1, que está até abaixo de outros neobancos brasileiros, já que sua conta digital atualmente se concentra na receita transacional e não no crédito”, diz o relatório.

Segundo o UBS, “o Tinkoff e Capitec se destacam pela alta rentablidade, tendo ambos iniciado no crédito diversificado as atividades, como transações bancárias”. O relatório aponta que, em contraste, o Nubank seguiu uma abordagem de construir uma franquia de clientes com ofertas transacionais baratas, monetizando por meio da taxa interchange (quando um cliente faz uma compra com o cartão de crédito, o lojista paga uma taxa pela transação, e uma parcela dela vai para o Nubank), enquanto procura aumentar a contribuição do crédito e outras atividades, como soluções para PMEs.

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