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Bom dia,

Tecnicamente, esta é a última semana do ano. Sim, o ano acaba na semana do Natal, a 52, não na do ano novo, que já é a semana 1 do ano seguinte. E isso quer dizer o que? Que sim, podemos cravar que o ano acaba com o especial de fim de ano do Roberto Carlos! Então prepare-se para quarta-feira (22).

Depois de duas semanas bem malucas, com todo mundo entregando o que estava no pipeline, a expectativa é que as próximas duas sejam de (pelo menos um pouco de) mais tranquilidade.

Boa leitura e uma ótima semana.

Gustavo, Fabiana e Gabriela


Semana de 13 a 19 de dezembro

RODADAS DE INVESTIMENTO

  • A Olist é o mais novo unicórnio brasileiro. A companhia recebeu uma série E de US$ 186 milhões (cerca de R$ 1 bilhão), liderada pelo norte-americano Wellington Management. Acompanharam a rodada os já acionistas SoftBank e Goldman Sachs, o investidor Kevin Efrusy, o fundo Valor Capital e as brasileiras Corton Capital e Globo Ventures. O investimento chegou 8 meses depois da série D e avaliou a companhia em US$ 1,5 bilhão;
  • Seis meses depois de fazer a extensão sua rodada seed, totalizando R$ 28 milhões captados, a fintech Conta Simples fechou uma nova captação bem mais polpuda: R$ 121,4 milhões. A ideia com o novo aporte é dobrar o time ao longo dos próximos 12 meses, chegando a 300 pessoas. Em termos de volume transacionado, a expectativa é chegar a R$ 12 bilhões.
  • A BotCity, startup de automação e robótica, levantou um seed de R$ 15 milhões coliderado pela Astella Investimentos e SoftBank Latin America Fund. Com startups brasileiras de tecnologia intensiva como principais clientes, a empresa pretende usar o aporte para expandir globalmente, além de dar aquela repaginada no produto. A expectativa da companhia é atingir até 5 mil desenvolvedores pelo mundo nos próximos 18 meses.
  • A mexicana Nowports, logtech que desembarcou no Brasil há 3 meses, anunciou que levantou US$ 60 milhões em série B liderada pela Tiger Global Management. Também participaram o SoftBank Group Corp. e a DST Global, dentre outros investidores. A menina dos olhos do aporte é o Brasil, aposta da companhia em ser seu maior mercado. Pelo menos metade do valor será investido para acelerar o crescimento da operação por aqui.
  • A CashU Fintech acaba de fazer sua 1ª captação com investidores institucionais. O aporte de R$ 6,1 milhões foi liderado pela ABSeed Ventures. A ideia é oferecer a empresas um motor de análise de crédito que usa inteligência artificial para auxiliar na tomada de decisões. O perfil de cliente que faz sentido neste 1º momento são empresas com receita entre R$ 500 milhões e R$ 1 bilhão que tenham uma pegada de tecnologia em suas operações. 
  • Poucos meses após levantar um seed de R$ 23 milhões, a BHub, do Jorge Vargas Neto, fechou uma série A de R$ 115 milhões liderada pela monashees e pela Valor Capital Group. Segundo o fundador, os investidores gostaram do que a companhia conseguiu em apenas 3 meses de operação, por isso dobraram a aposta. Ainda participaram da rodada a QED, Picus Capital e ClocktowerVC, que também entrou no seed.
  • Depois de receber R$ 86 milhões em outubro de 2020, a Sami levantou mais R$ 111 milhões em uma extensão da série A para sustentar o crescimento da empresa. A startup também quer melhorar a tecnologia. Para isso, o aporte vem acompanhado de uma contratação estratégica. Alexandre Freire, ex-diretor sênior de engenharia do Nubank, chega à Sami como diretor-chefe de tecnologia.
  • A Arquivei, plataforma brasileira de gestão de documentos fiscais, levantou uma série B de US$ 48 milhões (aproximadamente R$ 260 milhões). A startup é responsável por tramitar 13% de todas as NFes no Brasil e movimentar R$ 1 trilhão de valor transacionado dentro da base de clientes em 2021. A proposta da empresa é revolucionar a forma como empresas compram e vendem no B2B.
  • A Nagro, agfintech especialista na concessão de crédito para o agronegócio, recebeu R$ 64 milhões. Do total, R$ 58 milhões são via Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro), gerido pela Kardinal e administrado pela Vórtx, e o restante vem dos investidores Ariel Lambrrecht, cofundador da 99, e Renato Mendes, diretor do family office Oikos. A startup vai usar o dinheiro para financiar até R$ 750 mil por cliente (antes era apenas R$ 350 mil),  aumentar o time de 53 para 160 colaboradores em 2022 e se consolidar como o banco digital do agronegócio.
  • A Open Co recebeu um aporte de R$ 600 milhões do SoftBank, com participação dos atuais investidores, incluindo Raiz Investimentos, IFC e LTS, veículo de investimentos de Jorge Paulo Lemann, Marcelo Telles e Beto Sicupira. A fintech vai investir em tecnologia para ampliar a capacidade de emprestar dinheiro e criar novas linhas de crédito.
  • A plataforma de dados BigDataCorp fechou sua primeira rodada de captação externa de recursos com Rodrigo Guarino, cofundador do Bondfaro e Buscapé, e o family office do investidor serial Paulo Humberg. O valor da rodada não foi revelado, mas chega para criar uma nova vertical de negócios.
  • A CashWay, resultado da fusão entre Leosoft e Biti, captou R$ 3 milhões da gestora Invisto. O aporte se soma ao R$ 1,5 milhão que a empresa recebeu em novembro pela Sinqia. O dinheiro mais recente será usado para expandir a capacidade produtiva, aperfeiçoar o produto e aprimorar as ferramentas de marketing.
  • A Membran-i, startup de tecnologia em e-procurement que simplifica os processos de Supply Chain, recebeu R$ 3,5 milhões em rodada de  investimento seed. A operação foi feita por meio da plataforma de crowdfunding SMU Investimetnos. Outra parte do investimento veio de um  e “investidor profissional” não detalhado pela empresa. De acordo com odiretor-executivo,  Florent Désidério, o dinheiro “apoiará a Membran-i a continuar desenvolvendo a plataforma MAI nos próximos meses e acelerar novos negócios”.
  • A plataforma omnichannel de aluguel e revenda de roupas premium Dress & Go recebeu um aporte de R$ 3,75 milhões em rodada liderada pela gestora de fundos de venture capital KPTL. Com o caixa reforçado, a companhia se muda para um novo galpão com capacidade para armazenar e distribuir 100 mil peças e abre nova loja física em São Paulo (SP).

FUSÕES E AQUISIÇÕES

  • O Ebanx deu start em seu plano de expansão via fusões e aquisições depois da mega rodada de US$ 430 milhões obtida em junho. A plataforma de pagamentos anunciou a compra da fintech Remessa Online por R$1,2 bilhão. A ideia é expandir o portfólio de soluções para os clientes de ambas as empresas, especialmente em serviços de pagamentos internacionais B2B e B2C.
  • O Gympass fechou a aquisição do Trainiac, aplicativo americano de treinamento individual personalizado online. É a 4ª compra feita pela plataforma. O personal training se tornou uma peça importante da estratégia do Gympass durante a pandemia com as pessoas tendo que ficar em casa. Em junho, a companhia registrou mais de 750 mil sessões online reservadas por mais de 50 mil usuários únicos. 
  • A brasileira Tivit fechou a compra da Sensr.It, plataforma de soluções para gerenciamento integrado de serviços e governança em TI. Essa é a 4ª aquisição da companhia em 1 ano, desde que lançou a Tivit Ventures, braço de investimento com R$ 400 milhões para apoiar e comprar empresas inovadoras até 2025.  
  • Em sua 5ª aquisição desde o IPO, a Neogrid, empresa de software as a service para a gestão de cadeias de suprimentos, comprou 51,1% da Predify, plataforma de otimização de preços para produtos e serviços, por R$ 4,35 milhões. A aquisição chega para ampliar o portfólio de ferramentas com insights estratégicos de precificação por meio de inteligência artificial e big data. 
  • A Itaúsa vendeu 7,8 milhões de ações da XP por algo próximo dos US$ 230 milhões. O volume corresponde a 17,4% da participação que a companhia tinha na corretora. Mesmo com a venda, a holding do Itaú ainda tem 37 milhões de papéis da XP de forma direta e a Itaú Unibanco Participações possui outros 59 milhões.
  • Em sua primeira aquisição desde que recebeu um aporte da gestora 10b e Volpe Capital, a agtech Seedz comprou a Atomic Agro, uma agtech focada no planejamento da safra, com mais de 7 mil produtores rurais cadastrados e 2 milhões de hectares de safra planejada em seu aplicativo. A aquisição, de valor não revelado, foi feita com uma transação de troca de ações.
  • A Gorila, plataforma de consolidação e controle de investimentos do país, acaba de adquirir a fintech de investimentos Fluxonaut, que opera como um terminal de notícias com cotações em tempo real, com informações sobre o mercado financeiro e outras funcionalidades. Segundo a Gorila, o time e o produto da Fluxonaut vão agregar mais valor à sua oferta de serviços.
  • A healthtech dr.consulta comprou a startup de planos de saúde Cuidar.me para ampliar seu portfólio de produtos a um preço acessível. A dr.consulta poderá comprar a totalidade das ações da startup em até 18 meses, em uma operação que precisará ser aprovada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

NOVOS FUNDOS

  • O SaaSholic está colocando na rua o seu 2º fundo, com meta inicial de levantar US$ 10 milhões, mas podendo chegar a US$ 15 milhões dependendo da demanda. Será mantido o perfil de 1º cheque em companhias em estágio bem inicial de desenvolvimento, mas as apostas devem subir assinando cheques maiores, entre US$ 150 mil e US$ 500 mil – contra US$ 80 mil do 1º veículo. Também está prevista uma reserva maior de recursos para acompanhar rodadas subsequentes (follow-ons). O 1º fechamento está previsto para março de 2022.
  • Depois de virar unicórnio, a CloudWalk anunciou um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) de R$ 1,3 bilhão. Os recursos serão usados exclusivamente para a antecipação de recebíveis de sua rede de soluções financeiras, focada em pequenas e médias empresas, a InfinitePay.  

O TAMANHO DO IFOOD

  • A Fipe fez um levantamento sobre os impactos do iFood na economia  brasileira:
    • as operações da empresa movimentaram R﹩31,8 bilhões em 2020 – o equivalente a 0,43% do PIB nacional. 
    • Gerou cerca de 730 mil de postos de trabalho, o equivalente a 0,72% da população ocupada em 2020 
    • Os ganhos médios dos entregadores por hora trabalhada no iFood são 165,5% maior que a remuneração por hora que esses trabalhadores teriam no mercado tradicional 
    • A cada 10 entregadores cadastrados no app do iFood, apenas 3 estavam cadastrados anteriormente nos registros do Ministério do Trabalho

O QUE O NUBANK FEZ NESTA SEMANA

  • Os clientes PJ do Nubank passaram a ter acesso ao QR Code Fixo sem valor definido para pagamentos via Pix. Com ele, o empreendedor tem um único QR Code para seu negócio, sem a necessidade de gerar um novo código a cada venda, evitando demora. Atualmente, 83% das transações recebidas por PJ são via Pix. Atualmente, 83% das transações recebidas por PJ são via Pix.
  • Os clientes do banco poderão receber talões de cheque. Mas não do modelo tradicional para fazer pagamentos. A ação batizada de Talão de WOWs transforma o clássico talão de cheques em uma série de benefícios, com vouchers de descontos e acesso a experiências interativas. O talão pode ser pedido pela loja do Nubank.
  • As ações da companhia caíram 17% na 1ª semana de negociação na NYSE. apesar do recuo, ainda estão um pouco acima do patamar do IPO, que saiu a US$ 9. Um relatório do BTG, um dos primeiros bancos a começar a cobrir a empresa, deu uma recomendação neutra para os papéis, que são considerados uma “aposta muito arriscada”.   

NOVA IP NA ÁREA

  • O Banco Central do Brasil (BC) autorizou a Celcoin a atuar como Instituição de Pagamento (IP) na modalidade de emissor de moeda eletrônica e iniciadora de transação de pagamento. Com a licença, a empresa poderá oferecer APIs de Open Banking para consultas de dados e iniciação de pagamentos. A empresa já está preparada para atender a certificação de segurança, conhecida como padrão FAPI, além da conformidade regulatória, e vem participando ativamente dos grupos de trabalho que estão definindo o padrão aberto no Brasil. A Celcoin passará também a ter acesso direto à CIP, SPB e ao Sistema de Pagamento Instantâneos (SPI) podendo oferecer novas soluções de infraestrutura de serviços financeiros. Com as conexões diretas e o volume atual de transações, a empresa estima um aumento da receita anual em mais de R$ 20 milhões. Hoje ela processa R$ 2,5 bilhões por mês. 

INSURTECH AUTORIZADA

  • A Pier ganhou uma autorização inédita da Superintendência de Seguros Privados (Susep) para deixar o ambiente experimental e atuar com licença definitiva em todo o Brasil a partir de 2022. A notícia chega 3 meses depois de a startup fechar uma série B de R$ 108 milhões, liderada pelo Raiz Investimentos, single family office de Ivan Toledo, fundador do Sem Parar.  

MAIS MÉDICOS

  • O grupo educacional Cogna reorganizou seus ativos na área de medicina e criou a  KrotonMed, uma nova divisão que reúne os ativos das sete faculdades que estavam sob o guarda-chuva da Kroton, seu negócio de ensino superior. Ânima, Afya e Yduqs já têm se movimentado bastante neste mercado. A ideia é que a KrotonMed seja uma das três alavancas de crescimento da Cogna para os próximos anos, ao lado do ensino híbrido e digital e do modelo de plataforma (“Platform as a Service”), com a Vasta.

AS NOVAS INVENÇÕES DE HUGO BARRA

  • Como você já tinha lido aqui no Startups, o brasileiro Hugo Barra criou uma nova empresa na área de saúde depois de sair do Facebook. A Detect é startup de biotecnologia que faz testes caseiros de covid-19, com promessa de resultados em até 1 hora.Barra afirma que a Detect, fundada em março de 2020, possui mais de 100 funcionários e que já levantou US$ 118 milhões em rodadas de investimento. O teste está disponível nos EUA por US$ 49. Ele também foi anunciado como conselheiro da Take Blip

DANÇA DAS CADEIRAS

  • A nova diretora-executiva do hub de inovação Órbi Conecta é Dany Carvalho. Ela tem passagens por programas e instituições do ecossistema brasileiro, como  Cubo Itaú, ABStartups, Start-Up Brasil, Startup Farm, Microsoft BizSpark e IBM SmartCamp. Dany assume o lugar de Anna Martins, cofundadora do Órbi Conecta;
  • A Semantix anuncia André Frederico como gerente geral para América Latina. Sua chegada apoiará os planos de expansão da empresa na região. André tem passagens pela BRQ e Tivit;
  • Robson Del Fiol é o novo head de vendas e marketing da divisão Integra.Sky da Sky.One. O executivo focará em escalonar a adoção da solução IPaaS em PMEs, startups e fornecedores de software Independentes (ISVs).A expectativa é que sua chegada impulsione o número de clientes em 10 vezes em 2022;
  • A Matera trouxe como presidente Ricardo Chisman, ficando a cargo do dia a dia da operação. O fundador da companhia, Carlos Netto, se mantém no cargo de CEO, olhando mais a estratégia.

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