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CODEX: Pobre Zuckerberg! E a pivotada do Facebook, digo Meta

Se a segunda-feira tá difícil pra você, imagina para o Zuckerberg e o Facebook, que começaram a semana valendo menos do que semana passada?

Codex
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Bom dia,

Se segunda-feira já é um dia ruim, imagina se você acorda para começar a semana alguns bilhões de dólares bilhões menos rico? Pois foi assim que Mark Zuckerberg e o Facebook, digo, Meta, acordaram hoje. Vai dar trabalho correr pra recuperar esse prejuízo aí! Prato cheio para os coaches quânticos de plantão.

O que está acontecendo com a criação de Zuckerberg, a Meta (antigo Facebook) não é muito diferente do que Microsoft, IBM e outros tantos gigantes do mundo da tecnologia tiveram que fazer nos últimos tempos: se adaptar aos novos tempos!

Pode parecer estranho, mas o Facebook é uma empresa madura, que acaba de completar 18 anos de vida. E como todo gigante e líder, a tendência é de perda de posições e de relevância pela chegada de novos competidores e mudanças no cenário. Na caso aqui, o Tik Tok e as novas configurações de privacidade da Apple e nas preferências dos internautas.

Zuckerberg sabe disso e já deu a fita com a mudança de orientação para se tornar o líder de uma nova categoria, o metaverso, que ele quer criar ao longo da próxima década. Nesse processo, o Facebook, diga, a Meta, deixará de ser uma empresa de rede social para se tornar uma empresa de tecnologia, desenvolvendo a infraestrutura sobre a qual esse novo mundo irá funcionar. E para pivotar, como se sabe, é preciso dar uma barrigada no modelo tradicional até que o novo negócio esteja pronto para ser o maior.

Como dizia aquele autor barbudo que eu não vou citar o nome para ninguém ficar me chamando de comunista – ainda mais com um site com logo vermelho: “Tudo que é sólido desmancha no ar”. Vamos ver se Zuckerberg e o Facebook… Meta… segue essa linha, ou consegue derrubar essa ideia.

Boa leitura e uma ótima semana.

Gustavo, Angélica, Fabiana e Gabriela


Semana de 31 de Janeiro a 6 de Fevereiro

RODADAS DE INVESTIMENTO

  • A Tiendamia, startup de e-commerce cross-border entre os EUA e a América Latina, acaba de atingir valorização de US$ 80 milhões ao levantar US$ 20 milhões em uma série B. O investimento feito pelo fundo norte-americano Cartesian Capital Group vai financiar a expansão da empresa na América Latina. O plano inclui ainda melhorar a experiência de compra na plataforma e aumentar o catálogo de produtos com a inclusão de novas lojas no marketplace.
  • A Tribal, plataforma B2B com soluções de pagamento e financiamento para pequenas e médias empresas, acaba de chegar ao Brasil. A expansão é apoiada por uma série B de US$ 60 milhões liderada pelo SoftBank Latin America Fund. Segundo a fintech, suas soluções vão ajudar as empresas brasileiras a solucionarem algumas de suas principais dificuldades. Capital de giro, cartões de crédito corporativos e transferências internacionais ilimitadas são algumas das ofertas.
  • A SkillCore, plataforma de gerenciamento de comunidades, recebeu um aporte de aproximadamente R$ 600 mil do fundo espanhol Think Bigger Capital. A empresa, que concentra as principais funcionalidades que os criadores de conteúdo precisam para gerenciar e engajar suas comunidades, planeja expandir os serviços globalmente.
  • Para financiar seu projeto de crescimento internacional, a Digibee fechou uma série A de US$ 25 milhões liderada pelo SoftBank Latin America Fund. A estruturação da rodada teve como trunfo a participação de Flavio Pripas, que contou com exclusividade ao Startups que está vindo ao Brasil para fazer a listagem na Nasdaq ou na NYSE. A expectativa é que isso aconteça em um prazo de 3 a 5 anos.
  • Não deu nem 1 ano para a insurtech 180° Seguros fechar uma nova rodada de investimento. Uma série A de R$ 177 milhões (US$ 31,4 milhões) liderada pela 8VC. Com o caixa ainda mais cheio, a 180º pretende investir na consolidação de seu modelo de seguro como serviço e avançar em novas frentes comerciais. A ideia é que a empresa seja o que a Stripe é para pagamentos.
  • A startup chilena de benefícios corporativos Betterfly fechou uma nova rodada de US$ 125 milhões, que triplicou sua avaliação de mercado. Com isso, ela entra para o seleto grupo de startups unicórnio, avaliadas em mais de US$ 1 bilhão. Segundo a startup, os recursos serão usados para aprimorar a plataforma e iniciar as operações em 7 novos mercados neste ano.
  • 2 semanas depois de  receber autorização da Anac (Agênica Nacional de Aviação Civil) para realizar entregas comerciais com drone no Brasil, a Speedbird Aero está realizando uma captação série A de R$ 35 milhões. O round é liderado pelo fundo BJV Ventures, com Anjos do Brasil e Domo Invest. Segundo Manoel Coelho, cofundador e diretor-executivo da startup, a empresa vai usar o dinheiro para acelerar a construção de novos drones.
  • A Moss.earth, climatech de soluções ambientais em blockchain e que oferece soluções para facilitar a jornada de compensação de carbono das empresas, captou US$ 10 milhões em rodada série A. O aporte foi liderado pela SP Ventures e Acre Venture Partners. A startup registrou crescimento de três dígitos por mês ao longo de 2021 e já soma mais de 200 clientes como Bionexo, iFood e Arezzo, além de gestoras de investimento dos Estados Unidos, como SkyBridge e One River Asset Management.
  • A Adventures, startup de marketing digital e aceleração de marcas, levantou R$ 50 milhões em rodada liderada pela Provence Ventures, com participação do Mercado Livre e 2 ex-executivos do Twitter, Adam Bain e Matthew Derella. Com a série A, a empresa alcançou uma avaliação de mercado de 450 milhões. O montante chega para reforçar sua estratégia de aceleração de marcas nativas digitais, com foco nas divisões de beleza e bem-estar.

NOVOS FUNDOS

  • A Bossanova lançou o Comitê Early Stage. A ideia é assinar cheques entre R$ 100 mil e R$ 500 mil para companhias iniciantes de diferentes segmentos. O novo comitê conta com investidores como Lucas Medola (CFO PayPal América Latina); Willian Homem (CEO e fundador da Houseasy), Pablo Felipe (Anjo Investidor e ex-jogador do São Paulo Futebol Clube), além de João Kepler, CEO da Bossanova.
  • A colombiana Marathon Ventures levantou seu 1º fundo, de US$ 26 milhões. O objetivo é investir em 20 empresas com atuação no B2B e setores como fintech, software como serviço e comércio eletrônico.
  • A XP se associou a Romero Rodrigues e à sua nova gestora, a Headline, para investir em venture capital. O valor do novo fundo a ser captado não foi revelado.  

SERÁ QUE VINGA?

  • O mar não está para peixe na bolsa, mas a empresa de software de gestão Senior Sistemas se tornou a 1ª companhia brasileira a entrar com pedido de IPO em 2022. A oferta tem como líder o Itaú BBA, acompanhado de BTG Pactual, Morgan Stanley e Santander Brasil. Em 2021, o Brasil fez 46 IPOs, que movimentaram R$ 63,6 bilhões, segundo a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). O volume foi 46,9% maior do o registrado em 2020 (R$ 43,5 bilhões). Já os follow-ons (emissões subsequentes à inicial) totalizaram R$ 64,5 milhões em 26 operações no ano passado. Ao mesmo tempo, foram 14 desistências de pedidos feitos ao longo do ano.

NOVAS FINTECHS NA ÁREA

  • Mais uma fintech latinoamericana desembarca no Brasil. É a mexicana Mozper, que chega com a proposta de gerar responsabilidade e proporcionar educação financeira para crianças e adolescentes. Na prática, ela quer ser a mesada digital do público jovem. Segundo o fundador Gabriel Roizner, o cartão de débito em parceria com a Visa é apenas uma das funcionalidades do aplicativo, já que a fintech está construindo uma plataforma educacional. O serviço oferecido pela startup é feito via assinatura mensal de R$ 25 ou anual (R$ 19 por mês).
  • Depois de 3 meses testando seu produto com alguns clientes, a fintech Moner dá as caras ao mercado. Criada por Gustavo Gawryszewski, e os sócios Fred Fontes e Tiago Pache de Faria, a startup chega para combater o problema da inadimplência em pequenas e médias empresas otimizando a cobrança de mensalidades e renegociação de devedores. Em conversas com alguns fundos para sua primeira rodada de captação, a startup foca agora em ganhar tração.

TIPO BANCÃO?

  • O Nubank irritou correntistas ao negar envio de dinheiro para a corretora Binance. Em resposta a postagens no Reclame Aqui, o Nubank disse que fez isso para proteger os clientes. “Nós optamos por não aprovar compras feitas em corretoras e/ou empresas que possuem negociações de câmbio, contratos de diferenças (CFDs) ou spread betting. Tais operações financeiras possuem riscos envolvidos e não são alinhadas à nossa política de uso do cartão de crédito”, escreveu o roxinho. A resposta não convenceu e deixou o pessoal ainda mais nervoso criticando o fato de o neobank querer dizer o que é melhor para os seus clientes. Ou seria o melhor para o seu próprio balanço agora que ele é uma empresa de capital aberto??

HEALTHTECH NAS ALTURAS

  • A Pipo Saúde encerrou 2021 com resultados acima das expectativas. Além de aumentar a receita em 700%, a startup duplicou a quantidade de clientes atendidos, triplicou o número de colaboradores, entre outras cositas más. Ao Startups, a presidente e cofundadora Manoela Ribas Mitchell contou que, para este ano, visa continuar a crescer de forma orgânica, investindo em marketing e na evolução do portfólio, expandindo a receita em, no mínimo, 300%. O objetivo é continuar focando em oferecer a melhor experiência aos clientes, principalmente na automatização dos processos operacionais do RH.

CRESCIMENTO E EXPANSÃO

  • Depois de crescer 50% em 2021, a Pathfind, startup brasileira de software para a cadeia logística com foco em ferramentas de roteirização e otimização inteligente de distribuição de cargas, pretende repetir a conquista em 2022. Para isso, a companhia pretende investir na expansão nacional, com a abertura de pelo menos 7 escritórios até o final do ano em São Paulo, Rio Grande do Sul, Curitiba e Fortaleza. A companhia contou com exclusividade ao Startups que o investimento para a criação dessas unidades será de R$ 3 a 5 milhões.

FUSÕES E AQUISIÇÕES 

  • Quase 1 mês após comprar a InovaMind, a Dimensa Tecnologia, joint venture criada pela Totvs com a B3, anuncia mais uma aquisição. A empresa avança no segmento de fintechs ao abocanhar 100% do capital social da Mobile2you, mobile-house que desenvolve aplicativos financeiros sob medida, por R$ 26,9 milhões.
  • A britânica Sandbox & Co., plataforma digital de educação e entretenimento, fechou a compra do Playkids, da Movile. O valor da operação não foi revelado, mas envolveu dinheiro e ações e a Movile passa a ser acionista da Sandbox.  É a 2ª operação do tipo feita pela Movile, que já tinha vendido a plataforma de mensagens para operadoras, a Wavy, para a sueca Sinch;
  • A Salesforce comprou a  Atonit, empresa brasileira que oferece serviços na nuvem para Marketplaces;
  • A Omie fechou sua 5ª aquisição: a Conpass, dona de uma plataforma de customer experience. O valor da operação não foi revelado;
  • A multinacional suíça Givaudan comprou uma fatia de 48% na brasileira Nanovetores. A companhia catarinense de nanotecnologia desenvolveu um processo eco-friendly, com ativos encapsulados liberados de maneira inteligente nos alvos de ação. A operação marcou a saída do fundo Criatec, gerido pela KPTL, do capital da companhia, com um retorno de 14 vezes para os investidores;
  • A Nelogica anunciou a aquisição do Comdinheiro, empresa com 10 anos de experiência em informações, dados e inteligência de mercado para grandes bancos, previdências e gestoras de investimento. O negócio busca unir a alta performance tecnológica dos produtos a fim de entregar o maior valor possível em nível de informação e automação.

DANÇA DAS CADEIRAS

  • A escola de tecnologia Trybe contratou Leticia Pettená para a posição de Vice-Presidente de Branding. Com mais de 20 anos de experiência, ela foi cofundadora da consultoria Marcas com SAL e tem passagens por Natura, FutureBrand e Interbrand e chega com a missão de liderar a estratégia de marca da edtech;
  • Após 8 anos na SAP Brasil, Gustavo Segre assume o cargo de diretor de marketing, reportando diretamente à Adriana Aroulho, presidente da companhia. Com 25 anos de atuação em empresas de tecnologia do mercado B2B, Gustavo já teve passagens pela Oracle, HP e Compaq.
  • A Abstartups anuncia mudanças em seu quadro diretor. José Muritiba deixa o cargo de presidente da associação e assume o comando da plataforma de investimento anjo  Investidores.vc. Quem assume de maneira interina a posição de presidente da Abstartups é Cristiano Freitas, atual diretor financeiro da associação.
  • A Ebanx adicionou um nome de peso ao seu time. A executiva Paula Bellizia é a nova sócia e presidente de Pagamentos Globais da fintech, que está às vésperas de um IPO. Ela será responsável por liderar os times de Vendas, Marketing, Operações e Expansão, hoje localizados nas Américas, Europa e Ásia. Com vasta experiência no setor de tecnologia, Paula passou o último ano como vice-presidente de marketing do Google para a América Latina. Antes, tinha ficado 5 anos na Microsoft, sendo 4 como presidente da operação no Brasil.
  • Marcelo Ferreira assume a diretoria de Varejo, Saúde e Novos Negócios da DialMyApp, plataforma B2B colaborativa digital de autoatendimento de clientes. O executivo atuou por 12 anos na Vivo, em toda a cadeia de planejamento e atendimento a clientes, depois de passar pela All América Latina Logística.
  • A retailtech Amaro anuncia a chegada de Daniela Catalan, profissional com 26 anos de experiência nas áreas de RH e Gestão, como Head de People & Places da companhia. A executiva chega com o desafio de liderar a área de pessoas em um momento de consolidação do negócio da Amaro que, em 2021, registrou crescimento de 50%.
  • Dois novos executivos no Gympass: Carolee Gearhart (ex-Google), como diretora de receita, e Ryan Bonnici (ex-HubSpot) na posição de diretor de marketing. A executiva será responsável por impulsionar o crescimento dos clientes da companhia, especialmente PMEs e nos EUA, enquanto Ryan focará os trabalhos na experiência dos clientes.
  • A FreteBras contratou Thiago Chueiri (ex-PayPal) para comandar e estruturar sua nova fintech, a FretePago. O executivo chega com o desafio de transformar a fintech na principal parceira de soluções financeiras para o setor de transportes em todo o país, contribuindo para melhorar a vida financeira de empresas e caminhoneiros.
  •  A fintech Nomad anuncia a contratação de Caio Fasanella como head de Investimentos. O executivo assume o cargo com o objetivo de liderar os projetos de investimentos internacionais.

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