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A XP agora está inserida no open finance. O banco anunciou o início de sua operação no novo modelo, incluindo recursos de dados compartilhados e iniciação de pagamentos para clientes que tiverem serviços financeiros ativados.

Segundo destacou a instituição em coletiva realizada nesta terça (25), as novas funcionalidades serão disponibilizadas aos clientes nos próximos dias, e a expectativa é que todos os 3,8 milhões de usuários do app da XP já tenham a opção de aderir ao open finance até o fim do mês.

Inicialmente, os recursos de open finance envolverão a iniciação de pagamentos, permitindo a utilização do saldo de outras instituições para movimentações financeiras, e também a possibilidade de compartilhar dados de outras contas dentro do app da XP, possibilitando a personalização de ofertas, como linhas de crédito, aumentos de limite ou indicações de investimentos.

“Com esta camada de open finance, nossa meta é a de personalizar cada vez mais a oferta de serviços financeiros, simplificando a jornada do investidor, usando inclusive saldos de outras instituições”, explica Thiago Pontes, head de open finance e API da XP.

De acordo com o executivo, todas os novos recursos foram inseridos na plataforma da XP dentro da LGPD, exigindo o consentimento do usuário para a utilização dos dados. Para validar este modelo, a tecnologia de open finance foi testada com um grupo fechado de clientes nos últimos meses.

“Dentro da jornada do app, o cliente terá opções para ir abrindo seus dados de outros apps e instituições. Criamos motores e esteiras para utilizar estas informações, aplicando dentro da jornada na XP, tanto na parte de investimentos quanto de banking”, detalha Thiago.

Além disso, a empresa explicou como o maior acesso aos dados dos clientes se refletirá no trabalho dos assessores financeiros, um dos grandes diferenciais da instituição junto a seus clientes. Segundo Marta Pinheiro, sócia e diretora de banking services da XP, os dados serão compartilhados dentro do sistema da XP somente. “Os assessores não tem acesso aos dados financeiros, mas ele recebe as recomendações que nossa inteligência faz em cima destas informações”, acrescenta.

Desafio de entregar valor

Agora o plano da XP é conquistar a base de clientes para mostrar o valor que o compartilhamento de dados e pagamentos integrados pode acrescentar ao dia a dia dos clientes, principalmente na movimentação de valores que muitos deles deixam parados em opções menos rentáveis.

Para ilustrar isso, a instituição apresentou um dado da BIP Brasil, mostrando que o open finance tornou visível mais de R$ 1 trilhão de depósitos em poupança, sobretudo em grandes bancos. “Ou seja, ainda há muitos brasileiros que, ao deixar o dinheiro na poupança, abrem mão de uma rentabilidade potencialmente maior do que se tivessem aportado em ativos semelhantes, em termos de risco e liquidez”, afirmou a empresa em nota.

De acordo com Thiago Pontes, a meta da XP é ambiciosa. Segundo uma pesquisa interna que a empresa fez antes de implementar suas tecnologias de open finance, cerca de 87% dos clientes afirmaram que a utilização de dados abertos poderia trazer benefícios ao serviço da companhia. “Nosso plano é que os mesmos 87% utilizam estes recursos”, dispara o executivo, pontuando que se trata de um número bem acima do mercado, que tem uma média de 10% de adesão.

Para Marta, o perfil mais digital dos clientes da XP, e a confiança que eles têm na instituição, têm tudo para ser o diferencial nesta virada de chave, algo que Thiago concorda em número, gênero e grau. “Nossa história foi construída em uma relação de confiança, e é baseado nisso que acreditamos que podemos chegar nesta meta maior”, finaliza o head de open finance.

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