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Em meio a um cenário econômico instável, a plataforma de serviços profissionais GetNinjas, entre trancos e barrancos, deu início à negociação de suas ações na B3 com o ticker NINJ3. A estreia na bolsa foi celebrada em cerimônia realizada na B3 e transmitida ao vivo virtualmente.

Na foto: Sandya Coelho (à esq), diretora de comunicação e novos negócios; Eduardo L’Hotellier, fundador; e Cynthia Robbs, diretora financeira. Crédito: Cauê Diniz

A diretora financeira da companhia, Cynthia Robbs, destacou que a empresa pegou uma das janelas mais difíceis no mercado de capitais. “Achei que não ia dar, mas todo o time foi incansável. Cheguei a pensar, nas últimas semanas, com os desafios que enfrentamos, que havíamos batido na trave. Agradeço ao L’Hotellier por não ter desistido”, referindo-se ao presidente e fundador da companhia, Eduardo L’Hotellier.

Em sua apresentação, ele disse que há 10 anos, quando criou a companhia, não imaginava que iria colocá-la na bolsa. Talvez não de largada, mas quando trouxe investidores como Monashees e Kaszek (sim, em um passado distante, os dois já investiram juntos em algumas empresas), ele sabia que, em até uma década, teria que oferecer uma opção de saída para seus investidores. E o momento chegou, então não havia muita opção.

O período talvez não seja o melhor, mas o momento é propício. Em sua fala durante a cerimônia, Juca Andrade, vice-presidente de produtos e clientes da B3, lembrou que há interesse de investidores e gestores por empresas de tecnologia, para diversificação de seus portfólios e celebrou a chegada do GetNinjas à bolsa. “A chegada de empresas de tecnologia na B3 nos enche de orgulho. O sucesso dessa listagem também é o nosso sucesso”, comentou. Segundo ele, a B3 fez mais de 50 IPOs do início de 2020 até agora, com volume total de cerca de R$ 70 bilhões de captações.

IPO do GetNinjas

O GetNinjas entrou com o pedido de IPO no fim de fevereiro e, 2 meses depois, definiu entre R$ 24,90 e R$ 33,50 a faixa de preço para sua oferta de ações. Mesmo gestoras de peso como Verde, Miles e Indie como âncoras da operação, a companhia acabou tendo que dar um desconto de 20% no piso para fazer o negócio sair, precificando suas ações em R$ 20. Com isso, a captação caiu de cerca de R$ 703 milhões pretendidos, considerando um valor médio de R$ 29,20, para R$ 554 milhões. Coordenam a oferta o BTG Pactual, J.P. Morgan como agente estabilizador, o UBS BB e o Bradesco BBI.

Os recursos captados pela oferta do GetNinjas serão utilizados pela companhia para investimentos em marketing, capital humano e reforço de caixa.

Fundado em 2011, o GetNinjas possui hoje mais de 2 milhões de profissionais cadastrados na plataforma e 4 milhões de clientes.

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