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Investir em startups tem começado a surgir como uma opção de diversificação de portfólio no Brasil. Mas dar os primeiros passos dentro do ecossistema ainda não é tão simples e pode ser também muito burocrático.

De olho nessa demanda incipiente, a gestora Bossanova tem desenvolvido uma estratégia de ampliar sua atuação para além da captação de novos fundos a cada 2 ou 3 anos comum aos fundos de venture capital.

Ela já fez a emissão de Cédulas de Crédito Bancário (CCBs) e tem fomentado a criação de pools de investimento em segmentos específicos, como fintechs e esportes. Atualmente, são 40 em operação.    

Em uma outra frente, a gestora tem se aliado a empreendedores regionais que têm interesse em fazer investimentos. A ideia é oferecer toda a estrutura e respaldo para que os grupos façam suas apostas. Neste modelo “white label”, a gestora participa de todo o processo de seleção e análise das oportunidades e também apoia na qualificação dos investidores com cursos e conteúdo. A decisão final se um aporte será feito, ou não, fica a cargo do grupo.

Tem o modelo de atuação validado o backoffice. Com isso, queremos dar aos empresários locais essa possibilidade aos empresários locais que querem se organizar. E quando você fala para uma startup que ela vai ser investida por investidores qualificados com a Bossanova, isso é interessante”, diz João Kepler, sócio e presidente da gestora.

Hoje ela tem o Alphatec, em parceria com a boutique JBR Partners Capital, para olhar o Norte e o Nordeste; o Inova com o Sebrae de Santa Catarina, e agora fechou com o Join.Valle, uma associação que fomenta o empreendedorismo na região de Joinville (SC) desde 2015.

Join.VC

O objetivo do comitê Join.VC, como foi batizado o grupo, é investir R$ 5 milhões em até 15 startups. A companhias precisam ter modelo de negócio B2B ou B2B2C, estar em operação a mais de 1 ano, ter receita mensal superior a R$ 10 mil e já ter passado por algum programa de aceleração. Na mira estão principalmente companhias da região Sul, mas as portas estão abertas para negócios de outras partes do país também, segundo Fabiano Dell’ Agnolo, diretor do Join.Valle.

Segundo Fabiano apesar da tradição na área de tecnologia – lá nasceram Datasul e ContaAzul, por exemplo – e do surgimento de novas startups, falta nos empresários locais uma mentalidade de investimento de risco, especialmente nos estágios mais iniciais de desenvolvimento de companhias, o early stage. Ao buscar opções para fazer isso, o modelo oferecido pela Bossanova fez mais sentido do que o caminho de montar um fundo de investimento, ou um grupo de anjos próprio do zero.

“Além do retorno financeiro, estamos procurando fortalecer o ecossistema de inovação aproximar executivos mais tradicionais do mundo das startups, fazer com que eles se interessem mais pelo assunto. Participem mais”, diz Fabiano.

A análise dos investimentos será feita em reuniões que poderão ser mensais ou mesmo bimestrais. O comitê de avaliação será composto por 8 executivos: Anderson de Andrade, sócio e gestor da Invisto; Emerson Edel, diretor de operações no Perini Business Park; Eugenio O. Xavier Neto, advogado especializado em fusões e aquisições (M&A) no Silva, Santana & Teston Advogados; Fabiano Dell’ Agnolo, diretor do Join.Valle; José Rizzo, diretor na Accenture; Marcos Perillo, CFO e diretor financeiro na ContaAzul; Tiago Brandes, co-fundador e CEO na Mercos e Vinícius Roveda, co-fundador e presidente da ContaAzul.

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