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Em sua segunda aquisição, a Olist fechou a compra da startup de logística PAX. O valor da operação não foi revelado. No começo do ano a PAX tinha recebido um investimento da DOC88, unidade de tecnologia do grupo de comercialização de energia Comerc.

A aquisição faz parte do plano de expansão que a companhia pretende tocar depois do aporte de R$ 310 milhões anunciado em meados de novembro. Na ocasião a Olist também apresentou sua primeira aquisição, a Clickspace.

Com a incorporação da PAX e de seus 60 profissionais, a Olist reforça a oferta para os varejistas que usam seus serviços para vender em marketplaces. A companhia já tem o serviço de coleta Olist Envios, que é usado por cerca de 7 mil dos 25 mil lojistas atendidos por ela atualmente. A PAX tem hubs de crossdocking em cinco capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte e Porto Alegre) e já opera em 45% do volume de vendas da Olist. Para 2021, a meta é ampliar a capacidade para 30 hubs instalados não só em grandes cidades, mas também em cidades de médio porte, como Maringá e Londrina, no Paraná.

Com isso, a companhia pretende dar mais competitividade aos pequenos vendedores, que hoje não estão atendidos em termos de opções de logística. “Vale a pena atender o pequeno. Nós nascemos para servir esse segmento. Com esse movimento nós conseguimos fazer com que ele seja competitivo, com ofertas com preço de 50% a 70% mais barato que as ofertas de balcão que ele teria normalmente”, diz Tiago Dalvi, presidente e fundador da Olist.

A logística sempr foi um gargalo para o comércio eletrônico brasileiro e ganhou muita atenção durante a pandemia com o aumento nas compras feitas pela internet. Magalu, Mercado Livre, Casa Bahia, Locaweb e Intelipost foram algumas das empresas que fizeram aquisições nesse segmento nos últimos tempos. Amazon e Mercado Livre também anunciaram investimentos na construção de novos centros de distribuição. “A conveniência bate o preço na logística. O consumidor está disposto a pagar mais para receber mais rápido. Com a PAX a entrega deixa de ser um detrator e passa a ser um estimulador nas compras”, diz Dalvi.

De acordo com ele, ao longo do 1º trimestre, durante o processo de integração, a operação da PAX vai se voltar aos atuais clientes e à Olist. Mas a ideia é a partir de abril ela volte a atuar com o mercado como um todo.

Segundo Dalvi, a Olist continua em busca de novas aquisições. “Logística ainda tem oportunidades, serviços financeiros, processamento de pagamentos, carteiras, crédito. Tem muito espaço para otimizar essa frente, diz.

De acordo com ele, a Olist dobrou de tamanho tanto em volume quanto em receita em 2019 e deve repetir o feito em 2020. Dalvi ainda vê mais três anos – pelo menos – com esse desempenho.

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