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A Aliceplano de saúde que não quer visto como mais um plano de saúde  – levantou uma series B de US$ 33,3 milhões.

A rodada da companhia criada pelos ex-99 André Florence e Matheus Moraes teve como líder o fundo americano ThornTree Capital Partners (que já investiu na LivUp) e contou com a participação da Kaszek, Canary e Maya Capital, que já eram investidores da Alice. O Endeavor Catalyst também entrou. Em operação desde meados de 2020, a healthtech levantou US$ 47,8 milhões.

“A ThornTree é gerida pelo Mark Moore, que foi por 14 anos sócio da Bain Capital, investindo em tecnologia em várias regiões do mundo, incluindo saúde. Ela investe em outras companhias públicas no Brasil, e entende bem o país e profundamente do setor de saúde. Então é esse conhecimento que esperamos trazer para a Alice”, diz Florence, presidente da healthtech. Além dele e Moraes, a companhia tem como cofundador Guilherme Azevedo, um dos fundadores do Dr. Consulta.

Com os novos recursos, a companhia pretende dobrar sua equipe, que hoje tem mais de 130 pessoas, contratando mais profissionais de tecnologia, negócios e da área da saúde. Em termos de clientes, o plano é quintuplicar a base, passando de 5 mil pessoas atendidas.  A Alice fechou 2020 com 665 clientes, segundo dados da Agência Nacional de Saúde (ANS). Atualmente, a base está em 1,1 mil. “Receber um nova rodada após apenas 7 meses do lançamento da nossa operação, e a maior rodada série B de uma healthtech no Brasil mostra a confiança do mercado na nossa capacidade de execução e nos resultados obtidos até agora”, diz Florence.

Modelo de operação da Alice

A Alice atua na venda de planos de saúde individuais, um segmento que foi abandonado pelos planos de saúde convencionais, que preferiram se concentrar no atendimento a empresas por conta da previsibilidade e da melhor rentabilidade dos contratos.

Mais recentemente ela ganhou a competição da QSaúde, plano de saúde criado pelo fundador da Qualicorp, José Seripieri Filho, também conhecido como Júnior. “Há pouquíssima oferta de planos de saúde individual, infelizmente. Portanto, consideramos que é saudável que outras empresas ofereçam esse produto”, avalia Florence.

Seu modelo de atuação da Alice se baseia no conceito de atenção primária com o que ela chama de “time de saúde” – um grupo formado por médicas(os), enfermeiras(os), nutricionistas e preparadores físicos que acompanham as pessoas, não apenas fazem atendimentos quando elas precisam. “Hoje, no Brasil, um “Plano de Saúde”, ou “Convênio”, é feito para usar apenas quando você tem problemas de saúde. É nada mais que um “seguro”, que na verdade deveria ser chamado de “plano para quando eu fico doente. Na Alice, nós fazemos a gestão da saúde da pessoa”, diz Florence. Os atendimentos podem ser iniciados pelo aplicativo e também acontecem na Casa Alice, um espaço próprio montado na zona Sul de São Paulo.

Hoje a Alice atua apenas na capital e oferece cobertura nacional para emergências e urgências. Em sua rede, ela tem os hospitais Sabará, Pro Matre e Oswaldo Cruz. Para exames, ela oferece o Fleury e sua marca A+. De acordo com Florence, novas parcerias serão apresentadas em breve.

Segundo ele, a companhia também terá novidades em relação aos preços em seus planos. O valor, que começou na faixa de R$ 800 a R$ 1 mil para uma pessoa na faixa de 30 anos, hoje já está na casa dos R$ 650.

Em seu site, a Alice tem uma área para que empresas se cadastrem e manifestem interesse na contratação de seus serviços. Mas ela ainda não oferece planos na modalidade corporativa. “Já temos mais de 20 mil pessoas esperando um produto B2B. Mas queremos ter produtos que entendemos ser alinhados com nossa visão focada nas pessoas e torná-las mais saudáveis”, diz Florence sem dar pistas de quando pretende lançar uma oferta nesse sentido.

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