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A startup Comunica.In, voltada para a comunicação interna das empresas, recebeu um aporte de R$ 10 milhões liderado pela Valor Capital, que já investiu em BeerOrCoffee, CloudWalk, Gympass e Beep Saúde. A rodada seed ainda contou com a participação de Norte Capital e Honey Island Capital.

A companhia nasceu em 2018 com o objetivo de transformar as relações entre empresas e seus colaboradores, por meio de tecnologia e metodologia própria. Hoje, ela ajuda gigantes como a Volvo, Bayer, Leroy Merlin, Burger King e Electrolux a desenvolverem relações mais humanizadas com mais de 300.000 colaboradores em 10 países.

“Na pandemia ficou evidente a necessidade das empresas investirem na relação com a sua equipe”, diz Felipe Hotz, publicitário por formação e diretor-executivo da Comunica.In. Ele observa que os últimos 2 anos ficou clara a importância de uma comunicação fluida, transparente e acessível nas empresas. 

Posicionando-se justamente como o parceiro estratégico das empresas que desejam fortalecer a conexão com seu público interno, a startup cresceu 6 vezes em 2020 e fechou o ano com o faturamento de R$ 1 milhão. Em 2021, projeta crescer mais 4 vezes.

A startup

“Trabalhava com comunicação corporativa e identifiquei que um desafio comum nas grandes empresas era como estar próximo e conseguir falar com todos os funcionários”, afirma Felipe. Decidiu apostar no negócio, primeiro com uma inteligência de dados para o canal de e-mail, capaz de analisar, por exemplo, se todos os funcionários receberam as mensagens do RH.

Depois, o empreendedor aumentou o portfólio. Os clientes podem organizar e personalizar comunicados mantendo a identidade visual da empresa, receber feedbacks rápidos dos colaboradores via emojis ou texto, criar e enviar pesquisas e, ainda, escolher a combinação dos canais de comunicação ideais para alcançar todos os colaboradores.

Sempre tendo a tecnologia como base, as soluções ajudam empresas a estruturarem seus canais de comunicação e escuta-ativa para ouvir os colaboradores o tempo todo e saber como eles estão se sentindo em relação ao trabalho, benefícios, liderança, entre outros. A startup usa sistemas de automação para personalizar a experiência do colaborador. Uma empresa pode, por exemplo, enviar uma mensagem de boas-vindas no primeiro dia de trabalho do funcionário ou, depois de uma semana, fazer uma pesquisa para analisar se ele precisa de alguma ajuda.

“Queremos ajudar as companhias a criar uma experiência individualizada para os colaboradores. Fazer com que o funcionário se sinta único, não só mais um dentro da companhia. E a tecnologia é o meio para alcançarmos esses objetivos”, diz Felipe. A startup desenvolveu um aplicativo que reúne todas as ferramentas para facilitar a integração.

Felipe Hotz, diretor-executivo da startup Comunica.In

A rodada

Com o caixa reforçado, a startup quer ampliar a equipe do Comunica.In, passando dos atuais 23 colaboradores para mais de 70 no próximo ano. A companhia pretende investir em inovação para lançar e desenvolver novos produtos.

“Vamos lançar uma solução ano que vem que vai transformar a forma como os funcionários encontram informações dentro das empresas”, afirma Felipe. “O objetivo é fazer a busca por informações corporativas ser tão simples quanto fazer uma pesquisa no Google”, completa, sem dar mais detalhes sobre o produto. A empresa também quer dar maior robustez às soluções que já tem em seu portfólio, aumentando ainda mais a personalização e aprimorando a forma como as empresas podem se comunicar com os colaboradores. 

Também está nos planos a expansão pelo Brasil e pela América Latina. “Estamos presentes em 10 países, porque temos clientes globais que levaram nossos produtos para fora do Brasil”, explica Felipe. O empreendedor pretende montar uma operação específica para outros países do hemisfério sul, com estratégias e um time de crescimento focado na região. Ainda não está definido, mas o processo deve ser encabeçado pelo México ou pela Argentina. Depois de consolidar os negócios em terras latinas, o Comunica.In deve avançar para os Estados Unidos, um projeto que, segundo o executivo, começará a ser executivo daqui a 3 anos.

Para Felipe, a entrada do Valor Capital Group acelera e fortalece a expansão da startup. “Eles têm um know-how interessante em relação à internacionalização, e já investem em outras empresas que passaram pelo mesmo processo”, diz, em referência às paulistanas Gympass e Pipefy.

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