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A Inventa, startup que opera como um marketplace para ajudar os pequenos e médios empreendedores a alavancar suas vendas, está pronta para fortalecer as operações no Brasil. A companhia levantou R$ 30 milhões em uma rodada seed liderada pelos fundos PearVC, OneVC, Maya Capital e o argentino NXTP.

Por meio de uma plataforma digital, a empresa conecta fornecedores de cosméticos, decoração e mercearia a pequenos lojistas de todo o Brasil, oferecendo aos varejistas a possibilidade de comprar seus insumos em um só lugar. Os clientes também recebem recomendações de produtos de acordo com o seu perfil e têm a garantia do pagamento após a conclusão de qualquer compra, assim como maior facilidade de devolução.

Fundada em fevereiro de 2021, com sede em São Paulo, a Inventa já conta com mais de 5 mil lojistas em sua base, 200 marcas (e mais 500 na lista de espera) e uma estrutura de 50 funcionários. Por trás da operação estão dois nomes experientes no mundo das startups: Marcos Salama, ex-general manager de supermercados do Rappi na América Latina; Laura Camargo, ex-vice-presidente de finanças do Gympass. Complica a trindade Fernando Carrasco, especialista em dados na consultoria McKinsey – você vai entender o papel dele daqui a pouco. “A ideia é ajudar pequenos lojistas e empreendedores a serem mais eficientes e melhorar o acesso nacional das marcas para otimizarem suas vendas”, diz Marcos.

Uso de dados

A rodada chega para levar a startup a um novo patamar, impulsionado, em grande parte, por dados. A ideia é usar machine learning para recomendar produtos cada vez mais assertivos aos gostos e necessidades dos clientes. “Quanto mais informações temos sobre os clientes, mais podemos ajudá-los. Conseguimos identificar, por exemplo, quais produtos vão vender mais para o segmento e localização de determinado lojista”, explica Laura. Para fazer isso acontecer, a companha pretende dobrar a equipe até o fim do ano, chegando a pelo menos 100 pessoas. Em termos de atendimento, o objetivo é passar de 10 mil lojistas cadastrados e mil marcas parceiras.

Além de tecnologia, estão previstas expansões em áreas estratégicas como marketing e vendas. “Vamos adicionar novas verticais de negócio, com opções de bijuterias e acessórios, a fim de enriquecer ainda mais a plataforma”, afirma Marcos, que além de fundador é também diretor executivo da companhia.

Para apoiar ainda mais o mercado, a Inventa realiza o pagamento aos fornecedores 30 dias após o envio do produto e, para os varejistas, oferece a opção de pagamento em 60 dias, com possibilidade de devolução dos itens adquiridos. Depois da compra, os lojistas podem fazer o pagamento em até 90 dias no boleto e podem acessar, semanalmente, promoções com até 50% de desconto.

Questionado sobre qual é o grande diferencial da startup em relação a concorrentes como a Gonddo, Marcos destaca o próprio modelo de negócio. “Estamos digitalizando toda a parte de atacado, ajudando com dados, crédito e tecnologia para que as lojas tomem uma decisão mais assertiva. Somados, esses elementos contribuem para que os empreendedores tenham mais êxito nos negócios”, argumenta. Laura completa: “Entender o B2B e quais são as necessidades do pequeno varejo, recomendar os melhores produtos e oferecer a forma de pagamento que mais faz sentido para ele é algo completamente diferente, que praticamente não existe no mercado”.

Em termos de geografia, a startup está focada em consolidar os negócios no Brasil. “O mercado aqui é gigantesco, cerca de 5 milhões de pequenos e médios varejistas”, diz Marcos. Apesar da presença nacional, o empreendedor não descarta uma futura expansão para a América Latina, começando por México e Colômbia, em 18 meses.

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