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A chegada de eventos internacionais como Web Summit Rio e South Summit trouxeram concorrência para a Gramado Summit – ainda mais com todos eles “espremidos” em um espaço curto na agenda, já que todos estão rolando dentro do espaço de um mês. Entretanto, para Marcus Rossi, fundador e CEO do evento, essa disputa pela atenção do público de inovação e startups é vista como uma oportunidade.

“Enquanto outras summits são eventos consolidados lá fora que trouxeram suas marcas para o Brasil, nós queremos ser a marca brasileira que leva seu nome para outros países”, alfineta Marcus, em papo exclusivo com o Startups às vésperas da sétima edição do encontro.

O evento está marcado para acontecer nos dias 10, 11 e 12 de abril, no Serra Park, e pretende reunir mais de 500 empresas na feira de negócios, mais de 400 palestrantes nos palcos de conteúdo e mais de 15 mil visitantes. O Startups também estará presente no evento, com um estande e palco exclusivo, assim como uma curadoria especial de conteúdos para a ocasião.

Segundo Marcus, o número de visitantes previsto para este ano representa um aumento de 50% sobre a frequência do ano passado, com um aumento expressivo de visitantes de fora do Rio Grande do Sul – são esperados visitantes de quase todos os estados brasileiros. Entretanto, o executivo diz que não são os números que movem a Gramado Summit.

“A gente está registrando um crescimento de 50% pois temos um produto muito bom, com infraestrutura, conteúdo e a experiência de Gramado. Em alguns aspectos a gente compete com estes outros “summits”, até com o VTEX Day (que acontece na mesma semana) mas a gente vem construindo esse nosso evento há muitos anos. Temos um lugar nosso”, dispara.

Ao falar sobre o tal lugar ocupado pela Gramado Summit, Marcus cita a variedade de trilhas oferecidas, que vão desde startups e negócios, passando por saúde, educação e marketing. Para a edição 2024, uma das novidades é o Push, renomado evento de empreendedorismo e empoderamento feminino criado por Manuela Bordasch (Steal The Look) que será realizado dentro da Gramado Summit.

Segundo Marcus, são iniciativas como esta que fazem o evento em gramado ser mais abrangente do que, por exemplo, a outra summit realizada no Rio Grande do Sul, o South Summit, que tem se concentrado na parte de negócios, fundos e startups.

Gramado Summit
Edição 2023 da Gramado Summit reuniu cerca de 10 mil pessoas (Foto: Divulgação)

“Cada evento tem seu apelo e em um grau ou outro competimos na hora de atrair visitantes. Entretanto, acredito que é bom se todo mundo puder ir em todos os eventos”, responde Marcus diplomaticamente. Aliás, em primeira mão para Startups, ele adiantou que para 2025, o plano é mover a data da Gramado Summit para o começo do inverno – em junho, o que até pode contar como um diferencial para Gramado, já que tem gente que ama ir pra lá passar frio.

Evento internacional made in Brazil

Enquanto eventos como o Web Summit se consagraram em Portugal – ou o South Summit em Madri – e depois fizeram suas edições no Brasil, a Gramado Summit quer ser um evento “made in Brazil” a começar a expandir sua marca para outros países. Esse movimento já inicia neste ano, com uma edição em Punta Del Este, no Uruguai.

Prevista para o fim de setembro, o evento é uma parceria da Gramado Summit com o ministério do Turismo do Uruguai e, segundo Marcus, tem não apenas o objetivo de fazer a ponte com o ecossistema de inovação uruguaio e de língua espanhola, mas também aumentar a exposição da marca Gramado Summit para atrair visitantes internacionais nos próximos anos.

“Por mais que eventos como o Web Summit tenham levado sua marca para outros continentes, ainda é do interesse deles dar o destaque maior para seu encontro principal. Os visitantes de nível global não deixam de ir em Lisboa para ir no Web Summit Rio“, avalia.

Inclusive, para conhecer o evento e falar mais sobre essa internacionalização da Gramado Summit, o presidente da Embratur (uma das patrocinadoras), Marcelo Freixo, e representantes do órgão estarão em Gramado na próxima semana.

Para Marcus Rossi, esse movimento para além das fronteiras do Rio Grande do Sul é uma forma de estabelecer a Gramado Summit como um evento de nível latino-americano e até mesmo global, se distanciando do foco mais de fomento e celebração do ecossistema gaúcho que tem sido uma marca do South Summit Brazil.

“No fim das contas, se trata de resultado, de como as pessoas se envolvem de alguma forma com o evento, do que tipo a tentar fazer um posicionamento ou comprar um protagonismo. No nosso caso, esse destaque veio de forma natural, desde que começamos para 700 pessoas em 2017 e agora teremos mais vinte vezes mais pessoas”, finaliza.

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