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A aquisição da startup de gestão de saúde ocupacional Onyma foi apenas a 1ª de uma série de negócios que a BenCorp pretende fazer nos próximos meses no sentido de criar um ecossistema que ajude a atender melhor os seus clientes. Segundo Luis Chicani, fundador e presidente do conselho consultivo da companhia, há conversas em andamento com mais 3 possíveis alvos.

“Queremos trazer outras startups para solucionar as demandas das 500 mil vidas que atendemos atualmente e das outras que ainda vão entrar”, diz Luis. A BenCorp faz a gestão de benefícios corporativos e saúde ocupacional de empresas como Magalu, Vigor, Leroy Merlin e Brinks. A expectativa é fechar o ano com uma carteira de 750 mil vidas. 

Luis Chicani, fundador e presidente do conselho consultivo da BenCorp

Possíveis alvos

De acordo com ele, temas como gestão primária, atendimento a gestantes e gestão de dados são alguns dos assuntos que estão no radar. Luis não revela quanto a companhia pretende investir na estratégia de aquisições nem um número específico de negócios que ela deseja fechar.

Em termos de tamanho de cheque e formato da operação, Luis diz que isso também está em aberto. “sou um cara bem eclético em termos de modelo”, diz. Segundo ele, a ideia é trabalhar de forma que a capacidade de inovar das empresas não seja prejudicada.

No caso da Onyma, por exemplo, a companhia será mantida como uma operação independente – mas com a marca BenCorp by Onyma. O negócio foi fechado com parte em dinheiro e parte em equity da BenCorp,

Um dos investidores anjo da empresa, Gustavo Vitti, irá para o conselho. Outros investidores irão compor um comitê de inovação que será criado. “A diferença de não estar em uma grande estrutura é ter essa flexibilidade. Manter o DNA empreendedor e a tecnologia”, diz Luis.

O executivo que começou a empreender nos anos 1980, com a empresa de assistência dental DentalCorpr, vendida para a Odontoprev em 2006, diz que com a estratégia de aquisições, além de compor as ofertas da BenCorp, também quer ajudar os jovens a construírem negócios que dão resultado e não dependem de sucessivas rodadas de captação. “Eu sempre me preocupo com receita e com Ebitda. A turma hoje quer fazer base para depois ver no que dá. Com a Selic a 2,5% isso funcionava. Agora, acima de 10%, o capital volta a ser remunerado na renda fixa. Vamos ver como fica. O apetite para tomar risco certamente muda”, avalia.

Onyma

Com a aquisição pela BenCorp, a Onyma deixa de ser uma consultoria de benefícios e passa a ser uma healthtech de gestão integrada de benefícios com um ecossistema digital próprio.

Com uma célula própria batizada de InovaBen – cuja proposta é otimizar os dados de seus beneficiários e acompanhar a jornada de saúde integral do usuário, ela fará estudo de informações, coleta de dados epidemiológicos e populacionais, inteligência artificial aplicada, algoritmos de saúde direcionados e o mapeamento dos pacientes crônicos.

“Esta célula de inovação vai focar em tecnologias mais assertivas, sobretudo no controle de dados,  na melhoria do desenvolvimento dos protocolos utilizados a partir da digitalização da informação, aquisição de novos produtos e serviços e no controle de saúde dos beneficiários por meio  da análise dos dados populacionais dos pacientes crônicos”, diz Cesar Ciongoli, presidente da BenCorp.

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