Duas semanas depois de a uruguaia dLocal fazer uma pomposa estreia na Nasdaq, a brasileira Ebanx anunciou um novo aporte que a deixa mais próxima de debutar na terra do Tio Sam. O investimento de US$ 430 milhões foi feito pela Advent International, e é o maior cheque já assinado pela gestora – que ganhou uma boa grana vendendo o BIG para o Carrefour – para empresa latino-americana de tecnologia.
Esta inclusive é a 1ª vez na história que os 4 veículos de investimento geridos pela Advent investem num mesmo negócio. São eles Latin American Private Equity Fund (LAPEF), Global Private Equity (GPE), Advent Tech (AGT) e Sunley House Capital (SH). A companhia já investiu em 30 empresas no Brasil e América Latina, incluindo CI&T, Easynvest e Grupo Fleury.
O investimento foi dividido em duas partes: US$ 400 milhões agora e outros US$ 30 milhões de comprometimento para apoiar um futuro IPO da Ebanx. Após o aporte, a Advent entra como sócio minoritário e os fundadores da fintech permanecem como majoritários. O fundo americano FTV Capital, que investiu na empresa curitibana em outras rodadas, continua entre os sócios.
A maior parte da mega rodada será usada para expansão do negócio, atração de talentos e potenciais fusões e aquisições, mirando a consolidação de sua atuação na América Latina e preparando terreno para o IPO. Nos dias seguintes ao seu IPO a dLocal chegou a valer US$ 11 bilhões, mas hoje está no patamar de US$ 9 bilhões. Em 2020 a companhia teve uma receita de US$ 104 milhões. Hoje ela anunciou um acordo com a Amazon pelo qual vendedores estrangeiros poderão colocar seus produtos à venda no marketplace da companhia.
Segundo a Ebanx, por meio de suas soluções financeiras, mais de 70 milhões de consumidores latino-americanos já pagaram pelos produtos e serviços de empresas como Spotify, Uber, Shopee, Alibaba e Amazon. A empresa cresceu em um ritmo exponencial nos últimos anos e processou mais de 145 milhões de transações só em 2020.
Em outubro de 2019 a Ebanx tornou-se o primeiro unicórnio brasileiro nascido na região Sul, ultrapassando valorização de US$ 1 bilhão, com um aporte da FTV Capital de valor não revelado.