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Foi lançada hoje a Divi-hub, fintech que traz uma nova forma de financiamento coletivo com foco na economia criativa. Com no mínimo R$ 10, qualquer pessoa pode investir em projetos de entretenimento digital como canais do YouTube, games e música, e ser remunerada com parte do lucro dos criadores de conteúdo. Dependendo do potencial do projeto, o criador pode levantar até R$ 5 milhões.

“Criamos uma plataforma de investimento que democratiza o capital através de um modelo simples e acessível para jovens sem familiaridade com o mundo das finanças”, afirmou o fundador e presidente da fintech, Ricardo Wendel, durante evento on-line com jornalistas para apresentação oficial do projeto. A Div-hub foi criada por Ricardo em 2019 nos EUA.

Segundo ele, a empresa espera romper duas barreiras comuns ao mundo dos investimentos no Brasil: o valor de entrada e a afinidade dos potenciais investidores com os negócios.

Como funciona?

Pelo aplicativo desenvolvido pela startup, o fã se cadastra e adquire parte de um ativo digital, o Divi, que fica disponível em sua carteira digital. O retorno financeiro vem de acordo com os resultados gerados pelo canal, game ou projeto investido. O limite é de 500 mil Divis por emissão – que equivale ao teto de R$ 5 milhões para projetos de crowdfunding, segundo as regras da CVM. Há conversas para elevar o teto para R$ 10 milhões, mas isso ainda não avançou.

Os Divis são tokens que funcionam como partes da propriedade legal dos criadores. Eles carregam uma tecnologia inédita para esta finalidade no mercado, o Quantum Ledger, desenvolvido pela Amazon Web Services, nos Estados Unidos. Cada token é rastreável e cada transação tem um código matemático único que permite transparência e segurança total.

Segundo Ricardo, para cada projeto é feita uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), onde os investidores (influencers) entram como se fossem sócios ocultos do negócio. Tudo o que entra de lucro se torna dividendo.

Questionado se a Divi-hub competirá com outras fintechs de investimento, Ricardo afirmou que não haverá concorrência, pois a ideia não é vender a mesma commoditie como o CDI e sim criar uma classe de ativo. Inclusive a startup está aberta a distribuir os Divs nas plataformas de fintechs que se interessarem eventualmente.

O número de criadores que já fazem parte da plataforma não foi revelado, mas a Divi-hub pretende ter pelo menos 50 projetos inseridos até o fim do ano. Em breve, será lançada também uma plataforma de comunicação privada para a negociação de Divis diretamente entre as pessoas, onde quem comprou poderá revender para outros fãs ou investidores, como um mercado de ações da economia criativa.

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