A healthtech polonesa Doctoralia, plataforma de agendamento de consultas, está de volta às compras. Apenas 7 meses depois de adquirir a startup Feegow, a companhia anuncia a incorporação da MyDr, empresa polonesa provedora de soluções tecnológicas para o setor médico, por um valor não divulgado.
Com a fusão, o objetivo da Doctoralia é fortalecer sua presença no mercado de saúde digital nos 13 países onde atua, incluindo Polônia, Itália, Espanha, México, Brasil e Turquia. A startup é uma empresa do Grupo Docplanner, responsável por atender 53 milhões de pacientes e processar mais de 13 milhões de agendamentos de consultas por mês, com mais de 2 milhões de profissionais de saúde em sua base e um total de 10 milhões de avaliações de pacientes.
Segundo Cadu Lopes, CEO da Doctoralia no Brasil, Peru e Chile, a MyDr chamou a atenção pela qualidade da solução. “É uma empresa líder em software de gerenciamento de prática médica, com um portfólio de produtos completo e complementar ao nosso”, afirma Cadu, em entrevista ao Startups. Ele ressalta que o Grupo Docplanner já é forte no quesito marketplace, e agora está adquirindo os melhores sistemas de gestão de clínicas e consultórios para expandir e aprimorar os serviços.
A estratégia engloba as operações globais da Doctoralia. Além da Feegow e da MyDr, a companhia comprou a plataforma de serviços médicos digitais Jameda e a italiana TuoTempo, de gestão de relacionamento de pacientes em clínicas e hospitais, entre outras startups. “Analisamos o que há de melhor em cada país e exportamos essas tecnologias para todo o grupo”, explica o executivo.
Inicialmente, a marca MyDr continuará existindo, mas no médio e longo prazo a startup deve ser totalmente incorporada à empresa-mãe. Segundo Cadu, ainda não há um prazo definido para que essa consolidação aconteça. Piotr Miluski, CEO da MyDr, diz estar orgulhoso de se juntar ao Grupo Docplanner. “Estou convencido de que juntos podemos implementar as melhores soluções tecnológicas para toda a indústria na Polônia, afirma, em nota. Ele segue à frente da MyDr mesmo após da aquisição.
Notícias Relacionadas
Bitcoin
Com Trump, cripto atinge o patamar das Magnificent Seven
Bitcoin já superou o valor de mercado de Tesla e se aproxima da Meta. Market cap global de cripto ultrapassou US$ 3 tri, patamar da Nvidia
Cripto
Dogecoin dispara: Elon Musk wins, mas a que preço?
Criptomoeda valorizou 115% em uma semana, mas detratores do bilionário relembram acusações de pump and dump
Próximos passos
Esta é a primeira aquisição do Docplanner em seu mercado da Polônia. E, naturalmente, aumenta a participação da companhia por lá. A MyDr tem quase 2 milhões de visitas mensais em seu site e parceria com 47 mil profissionais de saúde. O Grupo já tem parceria com 24 mil profissionais de saúde poloneses e 6 milhões de usuários locais visitam o portal todos os meses.
“Nossa estratégia até então esteve muito focada nos profissionais de saúde individuais, independentes e de pequenas clínicas. Ao adquirirmos softwares como a MyDr, entramos em um outro segmento: de médias e grandes instituições de saúde”, pontua Cadu. Ele descreve os benefícios como um “ganho imediato”, complementando o portfólio com produtos de ponta a ponta. “Com as aquisições, conseguimos oferecer as melhores soluções para o paciente onde quer que ele seja atendido – no consultório, hospital, clínica ou com um profissional individual”, argumenta.
A máquina de M&A da Doctoralia deve seguir firme em 2023 e, segundo Cadu, a companhia está atenta e aberta para todas as oportunidades. “Fazer uma transação como a da MyDr no momento atual do mercado, de maior escassez de dinheiro e investimentos, mostra que a área de saúde e tecnologia está indo para o caminho certo. É um setor que continua pujante e com bons resultados”, analisa o executivo.
Frente à crise macroeconômica, a companhia reajustou os planos no último ano. “Tínhamos vários projetos em andamento e tomamos a decisão de encerrar linhas de investimento naqueles que trariam retorno no longo prazo. Remanejamos a operação e concentramos times, recursos e energia no core business.”, explica Cadu. Ele afirma que healthtech segue crescendo e encerrará 2023 com mais funcionários do que tinha no último ano, além de crescer 50% em faturamento.
