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A 2TM, holding que controla o Mercado Bitcoin, comprou a exchange portuguesa Criptoloja. A operação, que não teve o valor revelado, marca a entrada da companhia no mercado europeu. O negócio está sujeito a aprovação do Banco de Portugal – o Banco Central português.

“Vamos ter acesso ao mercado europeu com claras sinergias com nossa presença na América Latina, pois compartilhamos o mesmo idioma, marca reconhecida e oportunidades de cross-sell para clientes. Além disso, existem muitos brasileiros vivendo em Portugal que adorariam investir por meio de nossa plataforma”, disse Roberto Dagnoni, presidente da 2TM em comunicado. Segundo ele, o plano é fazer a expansão pelo continente primeiro no modelo de mercado de balcão, negociando títulos e valores mobiliários, e depois levar serviços como os oferecidos pelo Mercado Bitcoin para o varejo e investidores institucionais.  

A expansão internacional é um dos planos que a 2TM colocou para usar os recursos de sua série B, liderada pela SoftBank. A captação de US$ 250 milhões foi dividida em duas etapas, uma de US$ 200 milhões anunciada em julho e outra de US$ 50 milhões em novembro. Na época da 2ª parte, a companhia falou, no entanto, que planejava avançar pela América Latina, citando como alvos Argentina, Chile, Colômbia e México.

“O negócio cripto é global e as rodadas Série A e B de captação que fizemos nos dão a força necessária para participar intensamente deste cenário. Além da capacidade financeira, nossos investidores trouxeram a excelência tecnológica necessária para competirmos globalmente”, disse Roberto no comunicado.

De acordo com Luís Gomes, cofundador da Criptoloja estar junto de uma empresa investida pelo SoftBank e fundos como Tribe e 10T vai contribuir para a construção da reputação da exchange em Portugal. “Além disso, há a expertise da empresa na construção de uma exchange forte, a maior em ativos digitais de toda a América Latina, e com a clara missão de transformar o setor na Região. Queremos fazer o mesmo com Portugal e Europa” disse Luis em comunicado. Ele e seu sócio Pedro Borges se manterão às frente do negócio e vão liderar a expansão pela Europa.

Criptoloja

Criada em 2020 por Luís e Pedro, dois executivos vindos do mercado financeiro, a Criptoloja é a 1ª exchange portuguesa a receber uma licença para operar oficialmente no país. A permissão foi liberada em junho/20. Portugal, junto com a Suíça, é considerado um dos países mais amigáveis ao desenvolvimento de iniciativas de cripto na Europa.

A operação dentro de mercados regulados é umas das teses de crescimento da 2TM. Em maio/20 ela comprou a gestora de fundos ParMais, com R$ 600 milhões em custódia. Na semana passada ela teve aprovada pela Comissão de Valore Mobiliários (CVM) a criação da custodiante de criptoativos Bitrust.  “É uma trilha que buscamos no Brasil e entendemos que é o caminho para a institucionalização do mercado. Estar em Portugal é uma importante vantagem competitiva para grandes clientes B2B e operações OTC [Over the Counter, ou o mercado de balcão]”, disse Roberto em comunicado.

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