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A E-moving, startup conhecida no mercado nacional pelo seu serviço de assinatura de bicicletas elétricas, juntou forças com a Watts para oferecer motos elétricas no modelo de locação para clientes B2B.

O serviço será baseado em contratos de assinatura com prazo mínimo de 12 meses e mensalidades a partir de R$ 699 por veículo – cujo modelo será a moto street W125. Os preços podem variar de acordo com a customização pedida pelo locatário.

“Será possível instalar giroflex, luzes adicionais, bauletos, protetor de perna, sirene, telemetria, entre outros”, explica em nota Caio Dias, Diretor de Produtos da Multilaser, responsável pela gestão da marca Watts.

Por falar em Multilaser, a marca é justamente o elo que possibilitou a parceria. A fabricante de eletrônicos adquiriu em março a Watts, em um investimento de R$ 10,5 milhões para entrar no mercado de motos elétricas.

No caso da E-moving, a Multilaser está próxima por meio da Bertha Capital, gestora de Corporate Venture Capital da fabricante. Recentemente, a empresa de mobilidade urbana recebeu um aporte de R$ 15 milhões da gestora.

Para o fundador da Watts, Rodrigo Gomes, a parceria chega num bom momento, em que o mercado de mobilidade elétrica está em expansão no país. Impulsionada pelo aumento do preço do combustível e, também, pelo desejo do brasileiro de reduzir os impactos ambientais, acreditamos que a utilização de veículos elétricos só tende a crescer”, explica Gomes em nota.

Gabriel Arcon, CEO da E-Moving, Rodrigo Gomes, fundador da Watts, e as W125

O serviço já chega ao mercado com um contrato fechado. A E-moving alugará 1300 unidades da W125 para a Box Delivery, empresa de logística last mile que faz entregas para marcas como McDonald’s, Madero, Burger King, China in Box, entre outros. A Box Delivery faz entregas em cerca de 200 municípíos, em 22 estados do país, mas as empresas não deram informações se as novas motos estarão disponíveis em todas as praças de atendimento.

A questão sobre a cobertura de atendimento das motos elétricas tem uma razão: como fica daí a rede de apoio para as motos, já que elas precisam de recargas? Perguntada pelo Startups, a assessoria da Multilaser afirmou que inicialmente não há previsão de criação de estações de recarga, mas os planos existem e já estão sendo estudados.

Briga boa no B2B

A briga das fabricantes nacionais está apenas no começo, mas a movimentação da Watts e Multilaser mostra que o terreno está disputado. A fabricante de eletrônicos pretende investir R$ 5 milhões para abrir uma nova fábrica dedicada à mobilidade elétrica em duas rodas.

No release para a imprensa, a Multilaser chegou a alfinetar a concorrência, afirmando que com a compra da Watts em março, eles se tornaram “a primeira montadora de veículos 100% elétricos na Zona Franca de Manaus”.

Na humilde avaliação deste que vos escreve, o recado tem alvo: a startup pernambucana Voltz inaugurou agora em junho a sua fábrica na Zona Franca, com o plano de produzir até 15 mil motos elétricas por mês.

Até no B2B, a disputa promete ser interessante. Por sua vez, a Voltz também fechou contratos para colocar suas motos elétricas em frotas maiores. A montadora desenvolveu uma versão específica do seu modelo street EVS para atender motoristas em um piloto com o iFood.

Lembra da questão dos pontos de recarga? Pois bem: neste projeto a montadora testou a Estação Voltz, armários em que condutores podem rapidamente trocar a bateria vazia de sua moto por uma carregada, utilizando o app da montadora. Neste piloto, as motos foram comercializadas aos entregadores pelo valor de R$ 9.999.

Para ter o preço mais competitivo, a moto foi vendida sem a bateria, componente que representa 40% do valor total. Ela vem com uma bateria “emprestada” pela montadora e que pode ser trocada nas estações de recarga. Para ter esse acesso, é necessário pagar uma mensalidade, em planos que variam de acordo com a quilometragem rodada.

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