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A iugu, instituição de pagamentos com foco em cobrança, recorrência e split de pagamentos, adquiriu a marca e uma parte da carteira de clientes da fintech Juno no Brasil. A companhia foi adquirida pelo Ebanx em outubro de 2021 e atua com meio de pagamento para pequenas empresas que vendem pela internet. Com a transação, de valor não revelado, a iugu diz aumentar sua receita em 50% e reforçar seu posicionamento e estratégia de crescimento no país.

O Startups já havia adiantado que a Juno estava à venda. Em junho, quando o Ebanx anunciou um corte de 20% no seu quadro de funcionários, que equivale a cerca de 240 pessoas de um total de mais de 1,7 mil, você leu por aqui que a redução foi resultado de uma reestruturação nos negócios. A startup passou a se concentrar em seu negócio principal (e original), os pagamentos internacionais, e com isso alguns projetos foram descontinuados.

Na época, a companhia não deu detalhes do que havia sido tirado do ar. A reportagem apurou  que entre os projetos desativados estava o site de notícias LABS. A Juno também teria perdido prioridade, tendo sido colocada à venda. Ariel Patschiki, diretor de produto do Ebanx, explica que a transação segue a linha estratégica do unicórnio de pagamentos para os próximos anos. “Mantemos nosso foco em pagamentos para grandes empresas globais operando na América Latina, que é nosso core business. A iugu tem total sinergia com os clientes da Juno e o comprometimento e qualidade necessários para assumir esse serviço”, diz o executivo. 

Sob o guarda-chuva da iugu, os clientes da Juno não sofrerão “qualquer impacto durante o período de transição”, diz o comunicado enviado à imprensa. As empresas estão sendo notificadas e poderão optar pela transição da plataforma, que será realizada de maneira gradual. O objetivo, segundo as companhias, é manter a experiência em um processo semelhante ao da portabilidade de outros setores, seguindo todos os processos normativos de encerramento e abertura de contas previstos na regulação vigente estabelecida pelo Banco Central do Brasil.

Segundo o fundador e controlador da iugu, Patrick Negri, a empresa vem crescendo de maneira sustentável. “Abraçar essa carteira de clientes nos coloca mais próximos de uma posição de liderança no mercado”, afirma Patrick. A empresa diz ter registrado um crescimento de mais de 100% em receita líquida no 1º semestre de 2022, em comparação ao mesmo período de 2021.

As projeções, aponta Patrick, são de movimentar R$ 35 bilhões de volume total de transações processadas por ano a partir de 2023. A aquisição da Juno, feita com capital próprio da iugu, aumentaria “de forma significativa” a capacidade de geração de caixa da operação.

Fundada em 2012, a iugu é responsável pela gestão de mais de 45 mil contas ativas áreas como desenvolvedores de software, clubes de assinatura, gestoras de condomínio, escolas, empresas de contabilidade, academias, e-commerces e ERPs. Em 2020, a empresa levantou R$ 120 milhões com o Goldman Sachs e recebeu a licença do Banco Central para operar no Brasil como Instituição de Pagamentos regulamentada.

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