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Em evento da Neoway e B3, empresas discutem uso de dados para entender clientes

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* por Charles Nisz, especial para o Startups

Como usar dados para entender os negócios e as necessidades dos clientes e, com isso, fazê-los ganhar escala e aumentar o volume de negócios. Esse foi o tema do painel Inteligência Analítica para Expandir Negócios, parte do evento Data Driven Business, promovido pela Neoway e pela B3.

O painel aconteceu ontem (30) em São Paulo e contou com a ṕarticipação de Rodolfo Riechert, CEO da Genial Investimentos; Marco Bravo, head da Google Cloud Brasil; e Rodney Reis, CEO da Avalia Systems, e foi moderado por Gustavo Brigatto, fundador e editor-chefe do Startups.

Para Rodney, inteligência analítica é a “habilidade de avaliar informação e resolver problemas para o cliente”. Pegando carona na palestra anterior, proferida por Daniel Kahneman, Rodolfo acrescentou que “a ideia da inteligência analítica é tirar o peso do feeling e do viés nas análises”. Já para Marco, de modo mais simples, “o foco é gerar valor ao cliente”.

Os painelistas falaram sobre como adentraram o ramo de análise de dados. O CEO da Genial falou sobre como o banco de investimentos teve que “achar uma maneira de lidar com tanta informação de modo a guiar nossas decisões de negócios”, por trabalhar com muitas empresas clientes.

Rodolfo, da Avalia, ressaltou a relevância dos dados para capturar novos clientes, oferecer novos produtos a clientes já fidelizados e criar mecanismos antifraude. “Isso é algo importante em sistemas com grande movimentação financeira”, ressaltou.

Para o Google, essa não foi uma transição tão difícil, pois a empresa nasceu como um buscador e há 25 anos lida com grandes quantidades de dados. Marco falou sobre o processo de mudança, que envolveu oferecer informações aos clientes por meio do Google Analytics e vender esses insights com o uso do Google Cloud, transformando isso numa plataforma.

“Roteirizar a entrega de produtos, melhorar a armazenagem de empresas de varejo de acordo com o contexto geográfico e de vendas e auxiliar empresas de painéis solares a otimizar investimentos” são algumas das aplicações práticas trazidas por esse tipo de análise de dados, acrescentou Marco.

Já Rodney, da Avalia, citou como exemplo a compra de uma empresa de processamento de pagamentos de cartões por parte do iFood. A empresa de entrega de comida gastava muito dinheiro em taxas de administração de pagamentos. “O problema? A startup escolhida processava milhares de operações e passou a processar milhões”, disse o CEO.

Por fim, os participantes falaram sobre as maiores dificuldades para quem trabalha com inteligência analítica. Marco, do Google, reprisou a questão da falta de mão de obra: “Precisamos de 800 mil profissionais de dados em todo o mundo”. Rodney, da Avalia, pontuou que “os dados precisam mostrar os impactos no negócio”.

Rodolfo, da Genial, ressaltou que os algoritmos precisam balancear o viés do usuário: “Quem gosta de junk food vai receber indicação de academia de musculação também”, exemplificou o CEO.

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