A Byju’s, edtech indiana que desembarcou no Brasil em julho/21, anunciou nesta segunda (17) uma nova rodada de financiamento, mantendo o valuation de US$ 22 bilhões alcançado no início do ano. Segundo reportou o TechCrunch, foram obtidos US$ 250 milhões com investidores existentes, incluindo o fundo soberano da Autoridade de Investimento do Catar (QIA).
O novo investimento, no entanto, surge 1 semana após a edtech anunciar que demitirá 5% de sua força de trabalho, o equivalente a 2.500 profissionais, de vários departamentos. A startup também revelou que vai cortar seus orçamentos em marketing, uma vez que procura melhorar suas finanças e alcançar rentabilidade até o fim do atual ano financeiro.
Esta é a segunda demissão em massa feita pela edtech nos últimos meses. Em junho, ela já havia ceifado centenas de empregos. A mudança vem em meio à contínua retração do mercado global, o que forçou muitas empresas, incluindo a Byju’s, a adiar seus planos de apresentar uma oferta pública inicial (IPO) ao mercado.
Em comunicado, o fundador e CEO da edtech, Byju Raveendran, afirmou recentemente que, independentemente das condições macroeconômicas adversas, 2022-23 seria o melhor ano da Byju em termos de receita, crescimento e lucratividade. “A Byju’s está agora em um ponto de crescimento onde as economias de escala estão a seu favor. Isso significa que o capital que agora investimos resultará em crescimento rentável e criará impacto social sustentável”, disse o executivo.
Byju’s no Brasil
Mas, apesar dos pesares, parece que a operação brasileira não será impactada pelos cortes. Ao Startups, o CEO da Byju’s no Brasil, Fernando Prado, assegurou que um total de zero demissões serão feitas por aqui. Ou seja, tudo segue nos conformes.
Fundada na Índia em 2011, a plataforma chegou ao Brasil 10 anos depois, com 450 professores cadastrados, mais de 1.500 alunos matriculados e 300 colaboradores. Atualmente são mais de 700 professores parceiros e o número de alunos passou de 8 mil.
A edtech promete ensinar skills do futuro, por meio de um método de ensino desenvolvido e aprimorado pelo educador indiano Byju Raveendran visando respeitar o ritmo e as individualidades de cada aluno.
O programa de ensino oferecido pela startup é focado em crianças e adolescentes entre 6 e 14 anos. São 144 aulas que totalizam 1 ano e meio de ensino. No Brasil, os cursos oferecidos por enquanto são os de programação e música.