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A plataforma de equity crowdfunding CapTable está expandindo seus serviços para o B2B com um novo produto de apoio a empresas que queiram se relacionar com startups. O serviço de CVC está em funcionamento há 6 meses e já tem alguns clientes, mas agora fechou contrato com o 1º de grande porte: o Grupo Elfa, provedor de soluções e serviços de logística em saúde, atualmente gerido pela Pátria Investimentos. Como resultado, a companhia realizará parcerias e investimentos em healthtechs e logtechs inovadoras, dedicadas a buscar soluções que possam aprimorar seus serviços.

O produto – que apesar do nome CVC não tem investimento de um fundo – foi pensado para atender a necessidade de CEOs que muitas vezes não sabem por onde começar quando o assunto é inovar em associação com startups. A ideia é prestar consultoria às empresas, entendendo suas principais dores e alavancas de valor para melhorar processos. Depois, buscar no ecossistema soluções prontas para atender tais necessidades.

“Ao realizar parcerias e investir em startups, estamos buscando o novo e reforçando nossa cultura de inovação. Inicialmente estamos focando em healthtechs que estão dentro de clínicas, tanto odontológicas quanto gerais, como dermatologia e oncologia, por exemplo. Desta forma, podemos entender melhor toda a cadeia de gestão de compras, de medicamentos, e, assim, complementar com a nossa cadeia de serviços, medicamentos e materiais para aprimorar o atendimento ao nosso cliente”, comenta o diretor executivo de Digital, Inovação e Customer Experience da Elfa, Rafael Tobara.

A expectativa da CapTable é de aumentar as linhas de receita do Grupo Elfa e a fidelização de clientes. Guilherme Enck, cofundador da plataforma, destaca que essa é uma relação ganha-ganha que vai muito além de investir dinheiro. “A corporação pode aportar um ativo que a startup não tem, a estrutura, tanto operacional como comercial. Já a startup pode aportar conhecimento, competências e tecnologias para a grande empresa”, diz.

Guilherme Enck e Paulo Deitos, cofundadores da CapTable

CVC no Brasil

Consolidada nos Estados Unidos e Europa, a prática do Corporate Venture Capital (CVC) está em fase embrionária no Brasil, mas apresenta crescimento. Entre janeiro e julho de 2021, as startups receberam mais de US$ 622 milhões de grandes empresas, distribuídos em 22 aportes, segundo relatório do Distrito. O volume investido já é mais do que o triplo do aportado em 2020, ano que acumulou US$ 199 milhões, em um total de 27 negociações do tipo.

Aos poucos, as companhias vão percebendo que a conexão com startups é um recurso estratégico para inovar e ganhar mercado, decentralizando o departamento de P&D. “Temos observado esse olhar animado em fechar parcerias pontuais com startups, por parte dos CEOs em todo o país. Com a pandemia, essa busca ficou ainda mais evidente”, afirma Guilherme.

A Totvs é um exemplo recente. A companhia vai desembolsar R$ 300 milhões nos próximos 4 anos para investimentos em startups com grande potencial de crescimento e capacidade de inovação, por meio de aquisições de participações minoritárias. O movimento estratégico será feito através de um fundo CVC gerido pela Citrino.

Mas a relação entre empresas e startups e grandes empresas não é só maravilhas. Na semana passada, Br Malls e Multiplan anunciaram o fim das atividades do aplicativo Delivery Center, que vinha recebendo investimentos das duas e de outras empresas do setor de varejo desde 2018.

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