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Apenas 2 meses após ser adquirida pela Wiser Educação, a escola de negócios da nova economia Conquer já passa a operar em um novo modelo. A companhia foi reestruturada em 4 unidades de negócio, cada uma com um potencial de escala próprio, como conta com exclusividade ao Startups, Hendel Favarin, cofundador e presidente da companhia.

São elas: Conquer in Company, focada no B2B (Ambev e L´oreal são alguns dos clientes); Conquer Plus, o streaming de educação à la Netflix com mais de 30 cursos; Conquer English, escola de inglês que nasceu neste ano e já é o 2º produto mais vendido; e a Conquer, escola de negócios.

Segundo Hendel, a principal aposta é o Conquer Plus, que deve ser responsável pelo maior faturamento e crescimento, atingindo 100 mil assinantes nos próximos 12 meses. E vem mais novidade por aí. “Estamos em conversas com uma renomada universidade para oferecermos também em nossa plataforma cursos de pós-graduação e MBAs”, conta. Isso deve rolar entre o fim deste ano e início de 2022.

Com projeção de triplicar de tamanho nos próximos anos, a Conquer deve encerrar 2021 com R$ 50 milhões de faturamento, mantendo o ritmo de crescimento visto desde sua fundação, em 2016.


Hendel Favarin, cofundador e presidente da Conquer

Captar recursos, ou vender a operação?

Foi na metade do ano passado que Hendel percebeu que, devido ao ritmo sustentável de crescimento da Conquer, era o momento de abrir as portas para potenciais investidores. Isso pouco tempo depois de a edtech ter de mudar seu modelo de negócio por conta da pandemia – migrando do off para o on-line.

“Até então, todas as aulas eram presenciais, em nossas 8 unidades espalhadas pelo Sul e Sudeste. Começamos a gravar os cursos para manter receita e reter os alunos e houve uma grande procura pelo de inteligência emocional. Liberamos gratuitamente esse curso e foi uma revolução”, afirma. Foram 500 mil inscritos em apenas 2 semanas em um curso que, se pago, sairia em torno de R$ 2 mil. Não demorou muito para a Conquer atingir mais de 80 países e iniciar o crescimento de sua atuação digital. Desde sua fundação, a Conquer atendeu mais de 1 milhão de alunos.

Voltando à procura por investidores, Hendel conta que, em junho de 2020 conheceu mais de 40 fundos de venture capital e grupos educacionais do Brasil e exterior com a ajuda de uma consultoria. “Já estávamos quase fechando com um private equity quando conhecemos a Wiser”, detalha. A partir daí, não houve mais o que pensar. Só negociar.

A aquisição, que não teve seu valor revelado, faz parte de uma estratégia maior. Em 3 anos, a companhia pretende investir R$ 1 bilhão na incorporação de novas edtechs à sua plataforma. Mais de 40 empresas já estão na mira da holding que reúne as marcas Wise Up OnlineWise UpNumber OnemeuSucesso.comPower House e Buzz. O plano era fazer um IPO no 1º semestre de 2021, mas isso acabou não acontecendo.

E o Carlos?

Perguntado sobre as polêmicas envolvendo o bilionário Carlos Wizard, que detém 35% de participação na Wise Up, Hendel diz que elas não afetaram em nada as negociações. “O Carlos é apenas um acionista, nem participa do conselho da empresa, é um investidor distante”, diz Hendel.

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