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A Provi, fintech de financiamento estudantil, cortou 23% da sua força de trabalho nos últimos dias – cerca de 70 funcionários de um total de 300. Os diretores Fernando Franco e Mario Perino confirmaram as demissões ontem (27) à noite, em um post no blog da companhia. Eles não revelaram quais áreas foram afetadas.

“Foi uma decisão necessária para nos adequarmos ao cenário macroeconômico atual, mantendo o compromisso com o nosso propósito de facilitar o acesso à educação no país, o desenvolvimento sustentável e assegurar nossa jornada de crescimento”, escreveram os diretores, em comunicado.

Segundo apurou o Estadão, as demissões pegaram os colaboradores de surpresa. Há cerca de um mês a companhia teria tranquilizado os funcionários e descartado a possiblidade de demissões. A startup teria dito ao time que apenas diminuiria as contratações nos próximos meses e revisaria metas internas.

Para apoiar os colaboradores desligados, a Provi está estendendo o uso do vale-refeição e alimentação Flash até agosto e do plano de saúde corporativo até setembro. Os benefícios do Gympass, que dá acesso a academias, estúdios e aulas ao vivo com foco em qualidade de vida e bem-estar, estarão liberados até o fim deste mês.

Essa é a segunda grande leva de demissões da semana. Na terça-feira (26), os cortes atingiram a Casai, proptech mexicana que chegou no Brasil em 2021 e pretendia expandir as operações por aqui nos próximos meses. As demissões seguem uma onda que tem afetado unicórnios como Loft, Ebanx, VTEX e Facily, além das startups Quanto, de open finance, e Alice, de gestão de saúde.

Em operação desde 2018, a Provi levantou R$ 50 milhões em debêntures há pouco mais de um ano e diz já ter financiado mais de 80 mil pessoas ao longo de sua trajetória. Em 2019 a companhia levantou US$ 1,3 milhão com o Global Founders Capital (GFC) e investidores anjo como o Fundação Estudar Alumni Partners (FEAP), grupo de ex-bolsistas da Fundação Estudar.

Em abril do ano passado o banco C6, que tinha sido o 1º investidor da fintech, vendeu sua participação na companhia para o fundo de impacto Positive Ventures. A operação aconteceu no momento em que a companhia dizia estar em negociação para fazer uma série A com valor entre US$ 20 milhões e US$ 30 milhões.

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