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A Sofi, fintech que atua no gerenciamento direto de contas a receber, recebeu um aporte no valor de R$ 470 mil feito pela Sororitê, rede de investidoras-anjo que investe em startups fundadas por mulheres. 

Fundada em 2019, a startup ajuda a simplificar e agilizar o processo de cobrança das empresas, permitindo a redução da inadimplência e melhora no relacionamento com o cliente. A plataforma utiliza inteligência artificial para automatizar tarefas demoradas ou repetitivas, permitindo que as companhias concentrem seus esforços nas demandas de maior agregado.

“A Sofi traz uma abordagem bastante diferente do que vemos no mercado de cobrança de pagamentos. Normalmente, é um tema que gera angústia nas pessoas. Mas a empresa traz isso de forma leve, positiva e humanizada, com foco na saúde financeira, e utilizando alta tecnologia no processo”, afirma Jaana Goeggel, cofundadora da Sororitê, em entrevista ao Startups. De acordo com a executiva, a Sofi atua em um mercado de bastante potencial, pois é um setor ainda arcaico que necessita de inovações para se atualizar. 

“O fato da companhia ser fundada por uma mulher também foi importante, pois é essencial ter mais diversidade entre os founders do ecossistema. Se não, temos apenas as mesmas pessoas para responder problemas semelhantes para um mesmo grupo, e de formas parecidas”, analisa Jaana.

Crescendo de mãos dadas

A Sororitê já havia investido na startup anteriormente, o que permitiu que a Sofi desenvolvesse novas funcionalidades no produto e nos processos de aquisição de clientes. Agora, com os recursos do aporte, a companhia pretende aumentar o time para melhorar a qualidade da entrega e investir em tecnologia orientada por dados.

A rodada recente foi feita exclusivamente com a rede de investidoras – uma decisão que partiu da própria startup. “Dessa vez, só abrimos para a Sororitê, pois as investidoras trazem muito mais do que o dinheiro; oferece mentorias, networking e um apoio para realmente fazer o negócio crescer. Será um trabalho em conjunto para transformar a Sofi em um case de sucesso”, afirma Tatiana Pomar, cofundadora da fintech.

Jaana, investidora da Sororitê, reconhece que o mercado está mais seletivo. No entanto, observa algumas vantagens trazidas pela conjuntura macroeconômica atual. “O mercado voltou a um nível mais saudável. Como investidora, é possível ter acesso às melhores oportunidades. Acabou aquela loucura de ter que tomar uma decisão em 24 horas – podemos fazer análises com tranquilidade para tomar decisões mais racionais”, pontua. Ela acrescenta que as próprias startups estão com o pé no chão, focadas em resultados e na sustentabilidade financeira.

Atualmente, a Sororitê conta com mais de 120 investidoras-anjo de diferentes áreas do mercado para investir em startups no estágio pré-seed. Criado em 2021 por Flávia Mello, Erica Fridman e Jaana Goeggel, o grupo já investiu em mais de 14 empresas e alcançou um valor de investimento superior a R$ 5 milhões em negócios fundados e liderados por mulheres

A Sofi trabalha em parceria com startups e corporações como Natura, Avon, Porto e Cogna, para fornecer soluções personalizadas que atendam às suas necessidades específicas. “Vamos crescer de forma sustentável com a parceria de grandes clientes dispostos a inovar, pois já perceberam que o modelo atual não está dando os resultados financeiros e de satisfação do cliente esperados”, diz Tatiana.

A startup está iniciando a operação no México, com planos de chegar à América Central ainda este ano. Em 2024, a Sofi pretende lançar um sistema SaaS para atender pequenas e médias empresas.

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