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Você não leu errado. Dessa vez, quem está prestes a estrear na Bolsa de Valores não é uma startup, e sim um fundo de investimento. O VEF (antigo Vostok Emerging Finance) anunciou hoje (19) que o comitê de listagem da Nasdaq Estocolmo aprovou seu pedido para emitir ações ordinárias no mercado.

“Esse é um passo importante na evolução do VEF e tem sido nossa ambição desde o início”, afirma o diretor-executivo do fundo, Dave Nangle, em comunicado. O VEF já investiu em empresas como a mexicana Minu, com US$ 500 mil, e a brasileira Creditas.

Só na fintech de Sergio Furio, o fundo sueco investiu US$ 98,5 milhões em 4 rodadas, sendo que a mais recente, adiantada pelo Startups com exclusividade, foi anunciada em janeiro deste ano. A Creditas representava 31% do valor dos ativos (NAV) do fundo, de US$ 553,6 milhões, no 3º trimestre de 2021.

A listagem do VEF é um movimento duplamente curioso. Primeiro, por ser a negociação de um fundo na Bolsa, e não de uma empresa, como normalmente estamos acostumados a ver. A surpresa aumenta quando consideramos o cenário atual do mercado, em que o ritmo de investimentos dos fundos de venture capital esfriou no Brasil e no mundo.

Em nota, a diretoria e administração da gestora disseram acreditar que a listagem na Nasdaq é um “passo lógico e importante na jornada da empresa”. A expectativa é que a abertura do capital aumente a conscientização sobre o VEF e suas operações, atraindo um grupo mais amplo de investidores e dando à empresa um melhor acesso aos mercados de capitais internacionais.

As ações serão negociadas no segmento Mid Cap, usado para empresas com valor de mercado na faixa intermediária dentro das companhias da Bolsa de Valores, normalmente entre US$ 2 bilhões  e US$ 10 bilhões.

A aprovação da listagem está condicionada ao cumprimento das condições habituais. O primeiro dia de negociação está previsto para 1 de junho de 2022.

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