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Fundo VEF participa de rodada na Minu, de antecipação de salário, que concorre com a Creditas no México

Fundo VEF participa de rodada na Minu, de antecipação de salário, que concorre com a Creditas no México

O fundo sueco VEF (antigo Vostok Emerging Finance) participou de uma série A de US$ 14 milhões na mexicana Minu, que atua com antecipação de salários. A fatia do fundo na rodada foi de US$ 500 mil. O VEF tem uma tese de investimento em fintechs em países emergentes e é um acionista relevante da Creditas, com quase 10% de participação.

A fintech brasileira entrou no México em 2019 e hoje tem cerca de 60 atuando por lá. Além dos empréstimos com garantia de imóvel e de veículo, ela oferece seu portfólio @Work, que inclui a antecipação de salário. Com isso, o VEF passa a ter dois cavalos disputando este páreo – ou, quem sabe, poderá costurar uma união entre suas duas investidas no futuro.

“Primeiro de tudo, investimos em pessoas. E não apenas ficamos impressionados com o que Nima [Pourshasb, cofundador] e seu time fizeram até agora, mas a Minu tem um grande potencial no México, com um modelo operacional que nós conhecemos muito bem de outras geografias. Tirar o stress financeiro e melhorar a saúde financeira dos funcionários caminha junto com a nossa proposta ESG. Queremos muito trabalhar com Nima e sua equipe nos próximos anos”, disse Dave Nangle, presidente do VEF, em comunicado.

A captação da Minu foi composta por uma parte de US$ 2,5 milhões em dívida com o banco Sabadell Mexico. Os US$ 11,5 milhões vieram do FinTech Collective, que liderou a rodada, com a participação do VEF, da XYZ Ventures e do FJ Labs (de Patrice Grinda). O fundador da DocuSign, Tom Gonser, e o diretor-financeiro da Gusto, Mike Dinsdale, entraram. QED, Next Billion Ventures e Village Global, que já eram investidores, também participaram.

Desde sua fundação, em 2019, a fintech levantou $20 milhões. O mercado de serviços financeiros no México tem recebido muita atenção dos investidores nos últimos tempo por conta da baixa penetração entre a população. Há quem diga que o mercado está cerca de três anos atrás do Brasil, o que abre oportunidades de investimento interessantes.

A Minu tem entre seus clientes mais de 100 empresas de grande porte como TotalPlay, Telefonica, Scotiabank, OfficeMax, Rappi, Adecco, Manpower e Capgemini, além de órgãos estatais.