Negócios

IA já é usada por 74% das MPMEs, diz Microsoft

Estudo mostrou que IA é mais usada como assistente virtual para atendimento ao cliente e como ferramenta de texto e imagens

AI. Foto: Canva
AI. Foto: Canva

Um estudo divulgado pela Microsoft mostrou que a inteligência artificial já é uma realidade na rotina das micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). Entre os empresários ouvidos pela pesquisa, 74% afirmaram que estão usando a IA sempre ou muitas vezes, e 90% disseram que buscam adotar essa tecnologia atualmente.

O principal uso de IA citado pelos respondentes foi como assistentes virtuais para atendimento ao cliente (69%). A segunda forma de aplicação mais comum, segundo a pesquisa, é como ferramenta para agilizar o trabalho (64%). Outros 43% disseram usar IA para gerar conteúdo de textos ou imagens. As principais motivações das empresas em investir em IA foram: melhorar a experiência do cliente (61%), ganho de eficiência, produtividade e agilidade (54%) e garantir a continuidade do negócio (46%).

Desenvolvimento de novos produtos foi citado por 41% das empresas como um dos usos para IA, enquanto 33% usam a tecnologia para tomada de decisão e 31% para reduzir erros humanos. Nas empresas que aderiram à IA, houve também a percepção de 91% de melhora na qualidade do trabalho, além de 90% na satisfação do cliente e 88% na motivação e engajamento de funcionários. 

O estudo da Microsoft entrevistou 300 pessoas do Brasil, sendo a maioria gestores de empresas com até 250 funcionários e de diversos setores da economia. Entre as empresas que já usam IA, os principais benefícios percebidos foram o ganho de eficiência e produtividade (72%), melhoria no atendimento ao cliente (58%) e redução de custos 46%.

Mais investimentos

Em relação aos investimentos, 47% das empresas disseram que estão investindo em IA, contra 27% em 2022. Em 2023, a inteligência artificial perdeu apenas para as tecnologias de armazenamento de nuvem, que recebeu investimento de 56% das MPMEs, contra 45% do ano anterior.

“Para que as empresas possam aproveitar os benefícios da IA, é necessário que suas aplicações estejam na nuvem, como mostram os dados na priorização desses investimentos. Além disso, ainda que algumas empresas já usassem IA, a tecnologia estava aplicada para questões específicas, como atendimento ao cliente, por exemplo. Agora, com a IA generativa, existe um leque de novas oportunidades para otimização, apoio à produtividade e criatividade que podem ser exploradas pelas organizações”, explica Andrea Cerqueira, executiva da Microsoft Brasil

Além de atendimento ao cliente, 39% dos respondentes enxergam potencial da IA na área de TI; 30% nos times de Comunicação e Marketing; e 27% nos departamentos de Finanças e Administração. Outras áreas das empresas também foram citadas como: Vendas (27%), Recursos Humanos (25%), Operações e Produção (20%) e Jurídico (6%).

“Este estudo mostra que, para 77% da MPMEs, o uso de IA fez com que os funcionários se concentrassem em trabalhos mais criativos e relevantes. Esse dado vai ao encontro da visão da Microsoft para a inteligência artificial, que vê a tecnologia como Copiloto do dia a dia de trabalho, reduzindo o tempo gasto com tarefas morosas e repetitivas”, aponta Andrea.  

Interesse na IA

A Microsoft tem demonstrado bastante interesse na inteligência artificial e nas empresas de IA generativa. Depois de ter investido na OpenAI, criadora do ChatGPT, a empresa de computação também anunciou aportes na startup francesa Mistral AI.

A pesquisa da Microsoft realizou 300 entrevistas online, por meio do site Offerwise, com autodeclarados líderes de MPMEs em dezembro de 2023, sendo 38% com cargos de donos(as) ou sócios(as) da empresa, 34% gerentes, 16% diretores e 12% vice-presidentes (12%). A área de trabalho do respondente é variada, prevalecendo Administração (25%) e Tecnologia e Comunicações (20%). A maioria são mulheres (53%) e correspondem principalmente à faixa entre 25 e 44 anos de idade. São Paulo se destaca como o Estado onde há a maior concentração de centros de operação com 99 respostas, seguido por Rio de Janeiro, com 40, Minas Gerais (27), Bahia (22) e Paraná (18).