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Em sua segunda rodada em 2020, a indiana InVideo levantou mais US$ 15 milhões para financiar sua ambição de se tornar uma competidora da Adobe no mundo da edição de vídeo. E o Brasil e a América Latina são partes importantes dessa estratégia.

“A competição não é muito grande na região. É um mercado promissor. Mais do que os EUA”, diz Sanket Shah, fundador da companhia, ao Startups. Segundo ele, parte dos recursos da rodada será usada para traduzir o site e os modelos disponíveis para o português e para o espanhol e montar uma estrutura de atendimento aos usuários nos dois idiomas. Os esforços estão sendo comandados por Andre Wendler.

A rodada de série A foi liderada pela Sequoia Capital na India e contou com a participação da Tiger Global, Hummingbird, RTP Global e da brasileira Base Partners.

A InVideo já tinha recebido investimento da Sequoia em sua roda seed em fevereiro. Shah também já tinha uma relação com o fundo do Vale do Silício por conta da MassBlurb, empresa de marketing digital que fundou em 2014 e vendeu em 2016. Pelos planos de crescimento na América Latina, o fundo americano trouxe para a atual rodada a Base, com a qual tem uma relação próxima. Foi a Base, aliás, que indicou Wendler para Shah.

A ideia de montar a InVideo surgiu da experiência de Shah em uma outra empreitada: gravar resumos de livros de não-ficção de 10 minutos e colocá-los no YouTube. A Visify Books chegou a levantar US$ 35 mil em investimento, mas viveu apenas um ano. “Dava um trabalhão fazer os vídeos”, conta Shah.

Lançado em abril de 2019, o serviço tem atualmente 800 mil usuários cadastrados em mais de 150 países. Ele é oferecido no modelo freemium – com assinaturas que variam entre US$ 10 e US$ 60 mensais dependendo do plano escolhido. O público-alvo tem tanto internautas que querem fazer posts em suas redes pessoais quanto empresas.

O serviço pode ser considerado uma versão para vídeos do Canva – aplicativo australiano de edição de imagens que em janeiro foi avaliado em US$ 6 bilhões em uma rodada que contou com a participação da Sequoia China. Mas Shah quer ir além. A ideia é oferecer mais e mais ferramentas e chegar ao ponto de competir com a Adobe (dona de um dos principais editores de vídeo do mercado, o Premiere) em algumas tarefas. A ideia é atingir esse patamar em um prazo de pelo menos dois anos. Uma das funcionalidades a ser adicionada é a opção de colaboração entre pessoas na hora de editar os vídeos. “Queremos adicionar o máximo de casos de uso sem tornar o produto muito  complicado

Segundo Shah, o principal desafio é técnico: investir na infraestrutura tecnológica que permita a edição e renderização dos vídeos diretamente no navegador – ou no aplicativo que a companhia pretende lançar em breve.

A equipe da InVideo conta atualmente com 80 pessoas e deve crescer para algo em torno de 100 a 110 – não deve passar muito disso, segundo ele.

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