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Fazer uma expansão internacional é basicamente criar uma startup dentro de uma empresa pré-existente. Pelo menos, é o que diz Ligia Alface, gerente de expansão da Duda.co, plataforma do Vale do Silício especializada em criação de sites para agências de marketing digital e empresas de SaaS. A executiva foi uma das responsáveis pela expansão da Duda no Brasil e na América Latina, e agora toca a estratégia de internacionalização da companhia para a Europa.

A analogia com startups vem das semelhanças entre essas empresas e os pilares essenciais para levar uma empresa a outro país – agilidade, adaptabilidade, time disposição para correr riscos, necessidade de capital, entre outros. “Não existe receita de bolo de como expandir para novos mercados. Algumas coisas dão certo para uma empresa e não para outra, mas alguns elementos podem ajudar muito”, afirmou Ligia no último dia do RD Summit, em Florianópolis. 

O primeiro deles é encontrar as pessoas certas para formar o time. “Contratar pessoas de nível muito júnior não é um erro, mas é importante ter cabeças mais sênior, que tenham mais experiência”, considera. Também faz diferença se o time se complementa em expertises. Além disso, as empresas precisam dos melhores parceiros, que podem ser um potencial ou já existente cliente que tenha atuação no mercado onde deseja expandir.

Segundo Ligia, o empreendedor precisa deixar o ego de lado e entender que o mercado não vai se adaptar às suas necessidades – é a companhia que tem que se adaptar ao público. E se não estiver disposto a isso, o processo será muito mais desafiador. Em termos de agilidade, a executiva ressalta a tomada rápida de decisões e desapego da perfeição, ciente de que fazer uma expansão comercial é, resumidamente, correr riscos.

Um dos maiores erros é tentar entrar em um mercado sem conhecer os concorrentes, ou querer expandir tudo de uma vez. “Faça pequenos experimentos para sentir o solo antes de começar um investimento mais forte. Normalmente o primeiro momento da internacionalização é o marketing, a tradução de materiais e início de pequenas vendas”, explica Ligia.

Por fim, a especialista aconselha que os empreendedores comecem a expansão pelas semelhanças, ou seja, o que o país de origem e o novo mercado têm em comum, estabeleçam suas prioridades estratégicas e definam o segmento e perfil do cliente.

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