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Uma notícia para (talvez) tranquilizar quem está apreensivo com o andamento do mercado. Os aportes de fundos de private equity e venture capital em empresas brasileiras chegaram a R$ 29,7 bilhões no terceiro trimestre deste ano – alta de 123% em relação ao mesmo período em 2021. De acordo com uma pesquisa da KPMG e da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap), no acumulado do ano os investimentos já somam R$ 57,8 bilhões, o maior valor desde que a sondagem começou a ser feita em 2011. 

“Isso demonstra que, a despeito de qualquer adversidade, o Brasil possui grande potencial e se consolida cada vez mais como destino relevante para investimentos dessa natureza. O aumento dos recursos está diretamente relacionado com o fortalecimento do ambiente de negócios e, consequentemente, à geração de mais oportunidades no mercado nacional e ao foco dos investidores em um crescimento de longo prazo”, afirma o sócio-líder de Private Equity e Venture Capital da KPMG no Brasil, Roberto Haddad, em nota.

A pesquisa revela que o setor financeiro foi o que concentrou o maior número de operações de PE e VC de julho a setembro, representando 22% do total. Em seguida, estão as áreas de tecnologia (17%) e recursos humanos (13%). O estudo considerou 75 transações que tiveram os valores divulgados.

Os investimentos dos fundos de private equity aumentaram 777% no 3º trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado. Isso representa um salto de mais de 8 vezes, chegando a R$ 19,3 bilhões. Em termos de venture capital, os aportes do 3º tri somaram R$ 10,4 bilhões. No entanto, ficaram 6% abaixo dos R$ 11,1 bilhões registrados em 2021. Entre os setores com maior número de empresas investidas por VCs, 26% eram negócios de tecnologia ligados aos setores financeiro e de seguros (fintechs e insurtechs). Outros 16% foram destinados às retailtechs e 11%, para as healthtechs.

“Embora de forma cautelosa e seletiva, já se observa uma tendência de retomada dos investimentos da indústria. Esse movimento tem sido alimentado pelo ajuste do preço das empresas, o que cria boas oportunidades, e mostra que continua existindo capital para boas companhias em setores com perspectivas positivas de crescimento”, conclui o presidente da Abvcap, Piero Minardi, em nota.

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