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Justificando o aporte: Gupy compra a concorrente Kenoby

Anúncio da compra da Kenoby pela Gupy acontece menos de duas semanas depois de a hrtech levantar R$ 500 mil para consolidar o mercado

Uma mão mexendo uma peça de xadrez no tabuleiro com fundo colorido - Startups

Menos de duas semanas depois de anunciar uma rodada de R$ 500 milhões, a Gupy volta aos holofotes com um movimento relevante. A hrtech fechou a compra da Kenoby, sua principal concorrente na área de recrutamento e seleção. O valor do negócio não foi revelado. Com a operação, a equipe da Kenoby será incorporada à da Gupy e o produto deixará de existir com seu nome original.

A Kenoby foi criada em 2015 e tinha 100 funcionários. A companhia tinha levantado R$ 23 milhões em uma captação de dívida com a Brasil Venture Debt em 2019 e fez uma rodada de R$ 20 milhões com a Astella em 2020.      

É a 2ª aquisição feita pela Gupy. A 1ª foi a da Niduu, que colocou a hrtech na área de treinamentos. A compra faz parte da estratégia de consolidação do mercado apresentada pela Gupy para a captação liderada pela SoftBank e pela Riverwood.

O plano é criar uma oferta completa para departamentos de recursos humanos. “É um setor que demanda consolidação. Os clientes amam isso. É muito mais fácil ter um único fornecedor”, disse Mariana Dias, cofundadora e presidente da Gupy, ao Startups no fim de janeiro.

Com a incorporação da Kenoby, a Gupy passa a ter mais de 2,3 mil clientes, 36 milhões de usuários, e espera chegar à marca de 80 mil vagas publicadas por mês. Com a incorporação da Kenoby, a Gupy passa a ter 600 funcionários. A meta para o ano era chegar à marca de 700.

Em termos de desempenho financeiro, o objetivo é manter o ritmo de crescimento dos últimos anos, dobrando o resultado. A Gupy não revela valores, mas o Startups apurou que ela já está com um porte semelhante ao da RD Station, que tinha receita projetada de R$ 206 milhões para 2021 quando foi comprada pela Totvs no começo de 2021.

Hoje a Gupy tem um net dollar retention de 120%. Isso significa que se não fizer nenhuma venda nova fora da base, ou seja, não trouxer nenhum nome novo, ela cresce 20%. A retenção de clientes está bem abaixo do mercado de software como serviço, em 1%, contra 5%. “Ouvimos dos fundos que somos a empresa de SaaS que mais cresce no Brasil. Achamos que somos uma das 3”, brincou Mariana, no começo de janeiro.