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A Klavi, plataforma SaaS de soluções para open finance, fechou 2022 com crescimento e aportes, conseguindo a proeza de ir na contramão de muitas outras startups durante o desafiador ano que está chegando ao fim.

Especializada em soluções de geração de insights com base no compartilhamento de dados bancários previsto pelo open finance, a fintech processou este ano mais de 400 milhões de transações, realizou mais de 4 milhões de conexões em mais de 30 instituições financeiras, além de corretoras e economia compartilhada, como Uber e 99.

A estimativa interna da Klavi é de terminar o ano com um faturamento 10 vezes maior do que 2021, com cerca de 40 clientes ativos (um aumento de 4 vezes na comparação com dezembro de 2021), incluindo bancos, fintechs e startups, como BV, Telefônica, Mepoupe!, Portocred e outras. Para 2023, a meta é repetir a dose e aumentar dez vezes novamente.

Segundo o CEO Bruno Chan, que fundou a companhia ao lado de Stone Zheng, a companhia conseguiu crescer ao preencher uma lacuna das instituições financeiras e outras empresas de serviços financeiros, que estão se abrindo para as oportunidades trazidas pelo open banking.

“Criamos uma plataforma SaaS onde as empresas conseguem obter mais informações financeiras dos seus consumidores. Aplicamos modelos de inteligência artificial e técnicas avançadas de machine learning para extrair valor dos dados e ajudar os nossos clientes a entenderem exatamente como os seus consumidores recebem e usam sua renda”, afirma Bruno.

Para impulsionar o negócio, a companhia também investiu em novas soluções além do chamado klaaS, sua solução (e carro-chefe) de analytics as a service para dados de open finance. Ela lançou também o k360°, que padroniza os dados compartilhados pelos usuários do open finance, e o Klix, dashboard que consolida todas as informações da conta bancária de pessoa física para tomada de decisão em operações de crédito.

Ano de aportes

Para investir no negócio, é importante que invistam no negócio, e a Klavi conseguiu levantar as suas rodadas em 2022, em um momento em que muitas outras startups estavam tendo dificuldades para conseguir a sua. Em agosto, a companhia anunciou uma rodada série A de US$ 15 milhões, que contou com a participação da Iporanga Ventures, Parallax Ventures, GSR Ventures, Vivo Ventures e CIP – agora rebatizada como Nuclea. Inclusive, a startup foi o primeiro investimento da Vivo Ventures, veículo de CVC criado pela operadora este ano.

Agora no final do ano, a companhia conseguiu estender a rodada, com nomes como o fundo de corporate venture (CVC) do Banco BV, e o RX Ventures, fundo de CVC da Lojas Renner, que também tem suas operações de concessão de microcrédito para pessoa física.

E a concorrência?

A Klavi teve seu crescimento em 2022, mas 2023 pode não ser assim tão otimista, ainda mais em um mercado que aos poucos se torna mais concorrido. Este ano a mexicana Belvo intensificou seus esforços no segmento de open finance no Brasil, inclusive anunciando soluções exclusivas para o país.

Em outubro a fintech recebeu do Banco Central a liberação para operar como iniciadora de transação de pagamentos (ITP), dentro do escopo de open finance regulamentado pela instituição. Dinheiro no caixa para expandir a empresa tem. Em agosto a empresa anunciou uma captação de valor não divulgado, vindo da Citi Ventures. No ano passado, a empresa levantou uma série A de US$ 43 milhões, maior rodada de uma fintech latino-americana na época.

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