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Não basta implementar uma política, tem que empregar a inovação para garantir que ela seja seguida. Depois de banir permanentemente a realização de festas em propriedades alugadas através de sua plataforma, o Airbnb agora tem uma “tecnologia antifesta”. Por enquanto, a medida está em funcionamento nos Estados Unidos e Canadá.

De acordo com um anúncio realizado pela proptech esta semana, o sistema utiliza inteligência artificial e análise de dados para prever “reservas de alto risco”, observando fatores como o tempo de navegação na plataforma, o tempo de estadia pretendido e se a reserva é para um dia da semana ou fim de semana.

Com isso, a plataforma espera impedir as reservas dos festeiros antes mesmo que elas aconteçam. Ao esbarrar neste bloqueio, eles receberão do Airbnb a opção de reservar quartos de hotel ou residências privativas – ou seja, chega de fazer festas em casas onde os hosts estão presentes.

“Estimamos que este novo sistema ajudará a evitar a ação de maus atores em nossa plataforma, com um impacto reduzido em hóspedes que não querem fazer festa”, afirmou o Airbnb na nota de anúncio da nova tecnologia.

O Airbnb já vinha sofrendo com reclamações dos hosts em relação à clientes sem noção há um bom tempo, incluindo notícias de festas que resultaram em prejuízos para os hosts. Um exemplo ocorreu inclusive este ano, em que dois jovens morreram e vários ficaram feridos em uma festa numa propriedade alugada em Pittsburgh.

Em 2020, a empresa já tinha colocado uma medida proibindo por tempo indeterminado a realização de festas em locais oferecidos por pessoas físicas, que segundo a companhia, ajudou a reduzir em 44% a incidência de festas. Mas como pelo jeito o povo não tem muita noção, o bloqueio acabou se tornando permanente em junho deste ano, e agora a empresa já tem uma ferramenta dedicada para auxiliar nesta missão.

A tecnologia antifesta já estava sendo testada pelo Airbnb desde o ano passado na Austrália, e segundo a companhia, ela se tornou bastante eficaz, reduzindo em 35% o número de festas não autorizadas. Ainda de acordo com a startup, ela agora está permanente no país da Oceania e um sucesso semelhante é esperado nos EUA e Canadá.

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