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Então a sua startup conseguiu um investimento. Isso significa que seu pitch foi bom, e você conseguiu convencer os investidores de que você tem algo muito interessante nas mãos, e mais ainda, é a pessoa certa para fazer o sonho virar realidade. Parabéns!  

Mas a conclusão de uma rodada de investimento não é nem de longe o fim da jornada. Pelo contrário. Depois de alguns minutos de comemoração, é hora de voltar ao trabalho e correr para entregar o que foi prometido aos investidores.

E mostrar as vitórias, e até mesmo as dificuldades nesse processo não é uma tarefa fácil. Afinal, é preciso tirar os olhos do que está acontecendo no dia a dia para preparar os updates.

Apesar de trabalhoso, essa é uma etapa que deve ser encarada com muito carinho e atenção. “É fundamental que os relatórios sejam enviados. A empresa precisa dar uma satisfação a quem colocou dinheiro ali sem muitos dados, apostando no projeto que foi apresentado. É algo que se compara ao que empresas de capital aberto fazem periodicamente para os seus investidores”, avalia Marcelo Astrachan, fundador da Darwin Capital. “Tem que definir frequência e conteúdo, que vão variar caso a caso, mas a entrega tem que acontecer”, completa. Marcelo diz gostar dos relatórios mais sintético, com uma página onde são apresentados os diferentes indicadores.

Na Iporanga Ventures, Leonardo Teixeira divide as comunicações em duas partes: uma quantitativa, com os principais KPIs operacionais, DRE simples, cashflow simples, runway) e outra qualitativa, onde são apresentados aspectos da empresa e da empreitada como time, competição, mercado, dificuldades etc.     

Para não tomar muito tempo, ele diz acreditar que a melhor periodicidade de elaboração dos relatórios é a trimestral. “São informações que os fundadores deveriam ter. Não deveria ser um problema. E agora ainda tem uns caras que ajudam bem, como as BHubs da vida que podem assumir essa parte. Então está mais fácil ainda”, diz Leonardo.

Me ajuda a te ajudar

Na avaliação de Jose Pedro Cacheado, sócio da gestora Norte Ventures, além de mostrar como o negócio está indo, os updates também são importantes para que os fundos saibam onde podem ajudar de forma mais objetiva a startup.

Ele recomenda, inclusive, que os relatórios tenham uma área de “Como vocês podem ajudar”, onde devem ser colocados pedidos mesmo, como indicações de contratação, contatos comerciais ou de outras startups para busca de referências. “Não pode ter medo. É até uma forma de cobrar de quem investiu o que foi prometido lá no começo. A relação não é só colocar dinheiro e ficar esperando o resultado”, reforça Cacheado.  

Além dos atuais investidores, Salomão Laredo Jezini, analista da gestora, recomenda que o report seja enviado para quem pode um dia vir a investir na companhia, como uma ferramenta de prospecção e de relacionamento que pode criar expectativa sobre o que está sendo construído.

Gabriela Efeiche, analista da Norte, acrescenta que a elaboração dos reports também acaba sendo uma referência para o próprio fundador ou fundadora, que passa a ter um registro histórico do que tem acontecido na empresa.

Para ajudar suas investidas – e o mercado – a Norte criou um material com dicas para quem precisa fazer um reporte. O material é dividido em 8 partes: um resumo dos principais pontos do período, métricas, saúde da companhia, pontos negativos, pontos positivos, aprendizados, próximos passos e como os investidores pode m ajudar. O conteúdo está disponível no site da gestora e também pode ser lido na íntegra aqui embaixo.

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