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Liti levanta pomposo seed de R$ 21 milhões para expandir operação

Healthtech que acompanha as pessoas no processo de perda de peso atraiu fundos como monashees, Canary e Latitud

Foto: Divulgação
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O ecossistema de startups sempre surpreende por sua diversidade. A healthtech Liti, por exemplo, foi fundada por um médico e um de seus pacientes. Curioso, não? Mas antes de dar mais detalhes sobre essa relação de sucesso, falemos sobre o pomposo seed de R$ 21 milhões que a startup levantou para apoiar sua expansão e aprimorar sua tecnologia.

No pool de investidores estão fundos como monashees, Canary, Grão, Norte, Eclipseon, Newtopia,The Fund e Latitud. Completam a lista investidores anjos por trás de marcas como Rappi (Sebastian Mejia e Simón Borrero), Inventa (Marcos Salama), Loopi Pay (Ricardo Bechara), Yuno Payments (Julian Nuñez), entre outros.

De fato, o valor chama atenção para uma rodada seed – que geralmente fica na faixa de uns R$ 4 milhões. Em conversa com o Startups, Fernando Vilela, um dos fundadores da Liti, comentou sobre o que motivou os investidores a aportar um valor tão alto. “Não só a dor do sobrepeso é muito grande na sociedade, um mercado potencial, mas também chamou a atenção o contexto, todo background histórico meu e do Edu”, afirma ele.

O background inclui a ampla experiência de Fernando no mercado de startups, tendo atuado como sócio e CMO da Rappi desde o começo da operação no país. Já o médico nutrólogo e do esporte, Eduardo Rauen, é uma grande referência do assunto, integrando desde 2005 o corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein. Pois então, Fernando passou por uma transformação em sua vida após perder 25 kg com o acompanhamento do Eduardo e, a partir disso, tiveram a ideia de criar a Liti.

Os fundadores da Liti, Eduardo Rauen (à esq) e Fernando Vilela (Foto: Divulgação)

Jornada de emagrecimento online

A plataforma criada pela healthtech acompanha toda a jornada de emagrecimento do paciente. Fernando e Eduardo desenvolveram uma balança proprietária de bioimpedância com alto nível de precisão que, conectada diretamente ao aplicativo, possibilita entender sobre como o paciente reage a diferentes tipos de planos alimentares, levando a uma alta precisão clínica e individualizada. 

Pagando uma assinatura mensal de R$ 700, o usuário/paciente tem à sua disposição uma equipe multidisciplinar de médicos, nutricionistas e cientistas comportamentais. Consultas médicas, acompanhamento e análise de dados são todos feitos online.

Para exemplificar alguns casos de sucesso de pacientes da startup, Fernando cita o de uma paciente com sobrepeso que não conseguia engravidar, e a partir do tratamento proposto pelo time da startup, não só emagreceu como também engravidou – o time da startup brinca carinhosamente que se trata do “bebê Liti”.

Kit que o cliente recebe em casa composto pela balança de bioimpedância e de alimento (Foto: Divulgação)

“Enviamos ao paciente um kit com uma balança de bioimpedância e uma balança de alimento. Pelo app é feita a captura dos dados, que em seguida são enviados para o time de saúde. Por fim, é estabelecido um plano alimentar com o que mais se adequa qualitativa e quantitativamente à rotina do paciente”, explica Fernando.

Atualmente o time de saúde da Liti é formado por 15 profissionais. Com o aporte, a ideia é triplicar essa equipe e aumentar em pelo menos 10x o número de clientes (que Fernando preferiu não divulgar) em um futuro próximo. “Queremos impactar mais de 100 milhões de pessoas, nosso crescimento será uma consequência e não uma métrica principal do negócio”, completa Fernando.