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Os primeiros dias de janeiro têm se mostrado um período profícuo para o nascimento de unicórnios no Brasil. Depois da 99 em 2018, da Loft no ano passado, agora a MadeiraMadeira anunciou ter alcançado o status mítico.

O patamar foi alcançado com uma rodada de US$ 190 milhões co-liderada pela SoftBank (que investe na companhia desde 2019) e pela gestora Dynamo, que entrou no captable agora. Também chegaram VELT Partners, Brasil Capital e a Lakewood Capital. O Bank of Americas Securities atuou como assessor exclusivo da transação.

Os recursos serão usados para investimentos em tecnologia, logística ponta a ponta, expansão das lojas físicas, experiência do cliente e fusões e aquisições estratégicas, segundo a companhia. A MadeiraMadeira afirma ter crescido dez vezes nos últimos 5 anos e mais de 100% nos últimos doze meses.

IPO em vista

“Esta rodada simboliza um marco importante para a MadeiraMadeira, pois estamos trazendo também novos investidores com grande experiência no mercado de capitais e com histórico de investimento em algumas das mais bem sucedidas empresas listadas na América Latina. Esses novos investidores, junto com os atuais, serão a combinação certa para nos apoiar no nosso plano de expansão e a criar “best-in-class” práticas de governança. Nós estamos muito entusiasmados com a oportunidade de tê-los nos apoiando nessa jornada”, disse Marcelo Scandian, cofundador e diretor financeiro da MadeiraMadeira, em comunicado.

A declaração de Scandian pode ser lida de forma resumida: espere um IPO em breve – provavelmente 2022, quando os recursos da atual rodada estiveram acabando. A companhia e seus investidores também devem esperar para ver que bicho que dá nos IPOs de Mobly, Tok&Stok e Westwing, previstos para este ano.

Status de unicórnio já estava na conta

O fato de a MadeiraMadeira ter virado unicórnio não surpreende. Em setembro de 2019 a varejista havia recebido um aporte de US$ 110 milhões liderado pela SoftBank, o que colocou seu funding em US$ 148,8 milhões. Isso significa que ela estava apenas US$ 50 milhões abaixo do marco de US$ 200 milhões que as companhias normalmente levantam antes de se tornarem unicórnios. Com a atual rodada ela soma US$ 338,8 milhões em recursos captados.

A nova rodada já era esperada para 2020 levando em consideração o prazo de 12 a 18 meses que normalmente separam as captações. De fato, as tratativas foram noticiadas pela Bloomberg em novembro. Na época, a informação da agência era que o aporte seria de US$ 170 milhões.

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