Há muito hype em torno do metaverso, tendência que promete revolucionar as conexões humanas na web ao mesclar realidade aumentada e ambientes virtuais. E se depender das projeções de analistas, o potencial de mercado é realmente enorme e digno de ser explorado.
Segundo recente pesquisa realizada pela GlobalData, o mercado do metaverso deve chegar a US$ 996 bilhões em 2030, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 39,8%. Para se ter uma noção de proporção, em 2021, o segmento atingiu valor de US$ 22,7 bilhões.
A expansão, ainda de acordo com a empresa de análises, se dará principalmente pelo fato de as empresas em todo o mundo investirem cada vez mais na tecnologia para aprimorar a relação com os clientes, expandir a visibilidade da marca e identificar novos fluxos de receita.
Segmentos de olho no metaverso
O estudo revela ainda que as principais verticais de mercado a se beneficiarem do metaverso (com aumento na receita) são: bancos, serviços financeiros e seguros (BFSI), varejo, educação, mídia e entretenimento, manufatura, entre outros.
Muitos bancos já oferecem ativos digitais/plataformas capazes de suportar as exigências do mundo virtual, apoiando o desenvolvimento de novos produtos e até mesmo mercados. Já no varejo, muitas marcas já exploram oportunidades no metaverso para melhorar a experiência de seus consumidores. É o caso da Gucci, que lançou uma espécie de cidade na plataforma de games 3D Roblox. A grife criou um espaço com um jardim central que se conecta a vários pontos, incluindo um café e uma loja virtual onde os jogadores podem comprar produtos da marca e itens para seus avatares.
No ano passado, Ásia-Pacífico e América do Norte representaram 50% da quota de mercado do metaverso. Segundo a pesquisa, as empresas nessas regiões estão se concentrando em alavancar tecnologias críticas cobertas pelo metaverso, tais como blockchain, machine learning, realidade virtual e aumentada, entre outras. O aumento no número de startups alavancando estas tecnologias também promete impulsionar a receita desse mercado.
“O metaverso ainda é amplamente conceitual, mas pode transformar a forma como as pessoas trabalham, fazem compras, se comunicam e consomem conteúdo. Embora esteja nos estágios iniciais de desenvolvimento, tecnologias como realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR) serão cruciais para tornar o metaverso imersivo, permitindo aos usuários interagir com objetos virtuais, pessoas e ambientes”, comenta o gerente de projetos da GlobalData, Deepak Agarwal, em nota.