Movimentações em pagamentos (e investimentos e em crédito)

A pandemia é a justificativa para tudo que acontece e ainda vai acontecer de ruim no mundo nos últimos tempos. Por outro lado, a queda nos juros justifica praticamente tudo que acontece – ou pode acontecer – de positivo no Brasil.

A união desses dois eventos de sinais opostos deveria ter como resultado uma perspectiva neutra. Mas, quando se fala em crédito e pagamentos digitais, o saldo final parece bastante positivo. Isso porque a digitalização forçada resultante das medidas de isolamento social está fazendo as pessoas recorrerem mais a meios de pagamento e também a serviços digitais. Ao mesmo tempo, quem oferece esse tipo de produto/serviço, tem acesso a crédito mais barato para financiar suas operações e pode criar ofertas que sejam mais atraentes para seus clientes.

Por isso as empresas estão pisando no acelerador nesse momento, no sentido de consolidar mercado e se fortalecer. Sim, é natural que aconteça uma maior concentração na medida que companhias menores e com menos capacidade serão incorporadas por quem é maior. Mas, no médio prazo, quando as nuvens tiverem se dissipado um pouco mais, é natural que a pulverização volte a acontecer.