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O Nubank anunciou nesta manhã que reduziu a faixa de preço de seu IPO. Segundo a atualização do prospecto preliminar da oferta, a faixa indicativa, originalmente entre US$ 10 e US$ 11, foi cortada em 20%. Assim, o preço-alvo agora fica entre US$ 8 e US$ 9. A informação tinha sido antecipada ontem pela agência Bloomberg, que disse que o neobank estaria discutindo a redução com os bancos coordenadores da oferta.

Com o novo valor proposto, o Nubank pode estrear na NYSE no dia 9 de dezembro avaliado em US$ 39 bilhões, considerando o ponto médio da faixa de US$ 2,7 bilhões. O valor se aproxima do que havíamos previsto em junho (próximo dos US$ 40 mi), quando ele atingiu valuation de US$ 30 bi em uma extensão da série G feita no início do ano.

A mudança não é de se espantar, já que há um medo generalizado nos mercados com o impacto da nova variante do coronavírus “Ômicron” descoberta, na África do Sul. A nada boa nova sacudiu os mercados, reforçando temores que já estavam instalados com relação à inflação e redução de estímulos econômicos por parte dos governos ao redor do mundo.

Outras mudanças no prospecto

Além do ajuste na faixa de preço, o prospecto atualizado com a SEC traz também outras mudanças principais: a presença de investidores-âncora e as regras do greenshoe (lote suplementar). 

Segundo o documento, Sequoia, Tiger, Softbank, Dragoneer, Baillie Gifford, Sands Capital, Invesco, e fundos geridos por Morgan Stanley e J.P. Morgan vão ancorar a oferta. O time indicou interesse em comprar US$ 1,3 bilhão no IPO — quase metade da oferta. 

Sobre o greenshoe, mecanismo de emissão e venda suplementar de ações no caso de excesso de demanda, ficou decidido que será feito com ações que serão emitidas pela própria Nu Holdings, a empresa-líder do grupo Nubank. Ou seja, isso poderá aumentar o tamanho do IPO em até 10%. Essas ações suplementares, se necessárias ao IPO, serão distribuídas apenas nos Estados Unidos e não na forma de BDRs, no Brasil.

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