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O Nubank não para. Nesta terça, o neobank lançou um novo produto. Um cartão premium com recursos de um Mastercard Black, mas com uma cara do Nubank: o Ultravioleta. O cartão é o único de metal do mercado local e traz benefícios como cashback de 1% remunerado em 200% do CDI sem prazo de validade. O dinheiro pode ser revertido para a conta do Nubank, trocado por milhas na Smiles, ou enviado para a corretora Easynvest, que terá fundos especificamente criados para os usuários do cartão. O novo cartão também traz para o Nubank a integração com o sistema de pagamento da Apple, o Apple Pay, um antigo pedido dos clientes. A carteira também estará disponível para clientes do cartão roxinho tradicional.

Outro diferencial – gimmick, vamos combinar – é um truque de esconder no cartão mensagens que só podem ser vistas com luz… ultravioleta. Serão 7. Uma lanterna, inclusive, será enviada no kit de boas-vindas.

Quando foi lançado em 2013, o Nubank tinha um cartão Mastercard Platinum, voltado a pessoas com renda acima de R$ 4 mil e virou sinônimo de status na Faria Lima por conta da fila de espera para conseguir um cartão. Com o aumento na base de clientes a companhia passou a oferecer uma versão Gold do cartão e ficou sem uma oferta premium.

Com o Ultravioleta, a fintech busca novamente esse ar de exclusividade e busca se consolidar como o cartão (e a conta) principal dos clientes.

O lançamento aconteceu em um evento on-line transmitido pelo YouTube que contou com a participação dos fundadores da companhia, Davi Vélez, Cristina Junqueira e também da cantora Anitta, que se tornou conselheira do Nubank há algumas semanas. Ela, aliás, recebeu o 1º cartão ultravioleta das mãos de Cristina.

Clientes que tenham potencial para contratar o novo produto serão contatados pela empresa nos próximos dias por e-mail e pelo aplicativo. De acordo com Cristina, há uma limitação inicial de atendimento por conta de o cartão ser importado – já que não há capacidade de produção de cartões de metal no Brasil.

A ideia, no entanto, é que qualquer pessoa possa pedir um cartão Ultravioleta, tirando o critério de renda normalmente atrelado aos cartões premium. “Queremos que a decisão de escolha do tipo de cartão fique com o cliente, não com a gente”, disse Cristina em conversa com jornalistas depois do anúncio. Segundo ela, haverá uma análise de crédito para aprovação da emissão. A mensalidade do novo cartão será de R$ 49 – menos que os R$ 84 normalmente cobrados em cartões Black – e poderá ser isenta para quem tiver gasto mensal de R$ 5 mil e/ou investimentos a partir de R$ 150 mil feitos no Nubank ou na Easynvest.

Negociação com a Mastercard

Ainda de acordo com Cristina, a negociação com a Mastercard para lançar um cartão Black que não é preto foi bem difícil. “Tivemos que falar com o CMO global, pedir autorização para CEO em Nova York. Mas eles estão bem animados porque não tem nenhum produto desse tipo no mundo”, contou. Segundo ela, a bandeira já tentava que o Nubank lançasse um cartão premium há tempos.

As negociações, esbarravam, no entanto, no fato de o Nubank ter como proposta de diferencial o cartão na cor roxa. Então não dava para ter um modelo de outra cor. Talvez tenha pesado na liberação, neste momento, o fato de o neobank ter se tornado o maior emissor de cartões com bandeira Mastercard no mundo. O Nubank tem adicionado mais de 1 milhão de novos clientes por mês desde o ano passado, somando mais de 40 milhões no momento. A expectativa é que até o fim do ano sejam cerca de 50 milhões.

A marca deve tarimbar o Nubank para um IPO com valuation na casa dos US$ 40 bilhões nos EUA. Perguntada sobre o processo de abertura de capital, Cristina – que está nos EUA no momento – disse que a companhia não está desesperada para aproveitar as janelas de oportunidades para listagem. “Em algum momento vai sair, mas não é a nossa linha de chegada. Na hora certa vai acontecer”, comentou.

 

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