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O “superciclo” de startups e venture capital no Brasil está entrando em sua segunda década. Foi no começo dos anos 2010 que empresas como Peixe UrbanoEasy TaxiHotel Urbano99 e iFood nasceram e chamaram a atenção de fundos e consumidores, abrindo às portas para tudo o que vivemos hoje.

De lá para cá, as coisas evoluíram muito rápido nas pontas dos usuários, dos empreendedores e dos recursos disponíveis para financiar novos projetos. Mas o número de exits, ou a venda de empresas e participações de sócios, ainda é baixo.

Por isso chamou a atenção essa semana o anúncio de duas saídas: a compra da Teravoz pela Twillio e da Supermercado Now pela B2W. Será que agora vai? Tudo indica que o momento chegou. Mas é esperar para ver.

Enquanto isso, aproveita as outras novidades da semana, que incluem aportes na Olivia e na Grão, de investimentos pessoais, a conta digital da EBANX entre outras.

O fim é o começo

A americana Twillio comprou a brasileira Teravoz para iniciar sua operação no país. Criada em 2014, a Teravoz fornece sistemas de atendimento para empresas como NubankCreditas e QuintoAndar. O valor da operação não foi revelado. A Wayra, braço de relação com startups da Telefónicadisse que teve um retorno de 30 vezes o capital investido em 2017.

O negócio foi o 6º exit do fundo Canary (sendo que duas operações foram “dentro de casa” com a Loft, uma de suas investidas). Diego Gomes, fundador da Rock Content, também era investidor.

Já a B2W comprou a Supermercado Now, um supermercado online que trabalha no modelo de marketplace com 30 redes. O valor da operação não foi revelado. A Supermercado Now não tinha dinheiro de fundos. “O modelo de negócios, de comprovado sucesso em outros países, possui grande oportunidade de crescimento no Brasil e permitirá à B2W expandir sua presença na categoria de supermercado, abrindo uma nova frente de crescimento e oferecendo um sortimento ainda mais completo para os mais de 16 milhões de clientes ativos da companhia”, escreveu a B2W em comunicado.

Saídas são um termômetro importante do dinamismo do mercado. Ter um horizonte de venda deixa investidores e empreendedores menos “cabreiros” com suas apostas e fomenta a realização de novos negócios. Com fundos de investimento criados há 7, 10 anos chegando ao fim de seus prazos de duração a tendência é que o movimento de saídas se acelere de 2020 em diante. Mais facilidade para aberturas de capital na B3, ou mesmo a criação de novas bolsas seriam bem-vindas. Mas isso não deve caminhar tão facilmente.

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