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O pior não passou? Depois do Facebook, Amazon pode demitir 10 mil

Segundo o New York Times, Amazon vai demitir em áreas como dispositivos, varejo e recursos humanos

Amazon tela
Foto: Canva

Se você se surpreendeu com o tamanho do corte de pessoal anunciado pelo Facebook na semana passada, é melhor sentar na cadeira e pensar: será que o pior ainda não passou? E a resposta parece ser sim. Nos próximos dias, a Amazon planeja demitir 10 mil pessoas.

Na semana passada a companhia já tinha anunciado que iria pausar as contratações de profissionais para vagas administrativas pelos próximos meses. Mês passado a empresa tinha falado que suas vendas no 4º trimestre ficarão abaixo das expectativas dos analistas.

O movimento de demissões foi noticiado pelo New York Times, citando fontes com conhecimento dos planos da companhia. Se concretizado, o corte será o maior já feito pela companhia em toda a sua história e vai aumentar bastante o número de pessoas demitidas de empresas de tech nos últimos meses. De acordo com o Axios, só em novembro serão 30 mil pessoas dispensadas, muito mais do que os números de março e abril.

De acordo com o New York Times, o enxugamento vai se concentrar na área de dispositivos da Amazon, incluindo equipes que trabalham com a assistente virtual Alexa, mas também vai afetar a divisão de varejo e a área de recursos humanos. Para a Amazon, demitir 10 mil pessoas representa só cerca de 3% menos de 1% de sua equipe, já que ela tem mais de 1,5 milhão de pessoas espalhadas pelo mundo. Você leu certo, mas eu vou repetir e ainda por extenso: mais de um milhão e meio de pessoas trabalham na Amazon. Procurada pela reportagem do New York Times, a companhia não quis se pronunciar.

As gigantes da tecnologia, que sempre pareceram imunes aos solavancos da economia, agora estão tendo que se adequar a um cenário de inflação e juros em alta e incertezas que pode se estender por mais 18 a 24 meses. Lembra que eu falei que o pior ainda pode estar por vir?