No dia em que completa 8 anos de vida, a Omie anunciou uma extensão de sua série C de R$ 580 milhões do começo de agosto – mesmo dia em que também se tornaram públicos os aportes da SoftBank na Avenue e na único, lembra? Quem escreveu o cheque adicional foi a chinesa Tencent. O valor do aporte não foi revelado.
O investimento chama a atenção porque a Tencent é uma empresa mais conhecida por seus serviços de comunicação, como o WeChat e o QQ, voltados aos consumidores. Aqui no Brasil ela já investiu no Nubank. E daí vem uma pista do interesse dela pela Omie: a lógica dos serviços financeiros.
A Omie nasceu em 2013 como uma alternativa de sistema de gestão para pequenas empresas, mas vem evoluindo seu modelo para incluir também a oferta de serviços financeiros. Além de ferramentas como antecipação de recebíveis, ela fechou uma parceria com o Itaú para oferecer sua plataforma a 1,5 milhão de clientes PJ do banco.
Desde sua criação, e sem contar a chegada da Tencent, a Omie levantou mais de R$ 690 milhões de investidores como Astella, Spectra e Riverwood. Na rodada de agosto, também entraram as gestoras Dynamo, VELT, Hix Capital, Bogari Capital e Brasil Capital, acostumadas com o mundo d bolsa de valores, o que dá a letra para um IPO em breve.
“Estamos focados em entregar nossa visão de que fazer um sistema de gestão simples, intuitivo e eficiente, com um atendimento extraordinário, é a nossa forma de contribuir para a prosperidade dos pequenos e médios negócios e, acima de tudo, do Brasil”, disse Marcelo Lombardo, cofundador e presidente da Omie, em comunicado.
A companhia, passou por um momento de aperto no começo da pandemia, quando seu público de pequenas empresas sentiu fortemente o impacto da pandemia. Ao mudar a mira para acrescentar ao seu escopo companhias de maior porte – leia-se perfil de clientes da Totvs – ela encontrou o caminho para crescer novamente. A expectativa é fechar o ano com 100 mil clientes. Hoje a base está perto de 80 mil, segundo seu site.